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Paulo Pereira da Silva
Temos que proteger os trabalhadores
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Paulo Pereira da Silva
Ao decidir encaminhar um documento propondo a manutenção dos empregos no país ao presidente Lula e ao Congresso Nacional, o movimento sindical pretende proteger os trabalhadores diante da crise financeira internacional.
Acreditamos que a economia não vai crescer no ano que vem no mesmo patar de 2008. O ritmo de produção vai cair. Não queremos que haja desemprego, mas se for inevitável o corte de pessoal nas empresas, queremos que o seguro-desemprego seja ampliado de 5 meses para 10 meses.
Até agora, o governo só apresentou propostas de ajuda para as empresas e para os banqueiros. Está na hora de ajudar o trabalhador. As propostas das centrais sindicais para evitar a crise tem objetivos mais amplos.
Estamos convencidos que o governo tem de assegurar a manutenção (e se for possível até a ampliação) dos investimentos públicos. Com este recursos investidos em habitação e saneamento, entre outros setores, será possível manter o crescimento econômico no Brasil.
É que investimentos nas áreas de saneamento e habitação provocam geração de emprego e reforço da renda. Tendo crédito barato para o trabalhador comprar, a economia poderá crescer. Por isso, as centrais sindicais reivindicam a redução rápida da taxa de juros.
As empresas que receberem recursos públicos para investimento terão de, obrigatoriamente, manter os empregos. Não vão poder demitir e nem fazer rotatividade da mão-de-obra.
Vamos centrar fogo também em outras reivindicações que já se tornaram bandeiras do movimento sindical. Entre elas, a valorização do salário mínimo, da correção da tabela do Imposto de Renda, diminuição do superávit fiscal, redução da jornada de trabalho e desoneração tributária de todos os produtos da cesta-básica.
Hoje em dia negociamos com o governo e os empresários vários assuntos de interesse do país e da sociedade. Por isso, também queremos ter assento no Conselho Monetário Nacional para que o trabalhador possa influir nos rumos da economia do país.
Por fim, reivindicamos a retirada de projetos em tramitação no Congresso sobre flexibilização das relações de trabalho, fim do fator previdenciário e a ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT. O trabalhador brasileiro não vai mais uma vez pagar a conta da crise financeira.