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Paulo Pereira da Silva
Trabalhador está a fim de luta
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Paulo Pereira da Silva
O Dieese acaba de divulgar seu balanço sobre as greves de 2007 no qual verificou que foram deflagradas 316 paralisações, a maioria composta por reivindicações propositivas. São pleitos que demonstram enorme vontade dos trabalhadores em lutar por novas conquistas ou para ampliá-las.
Cabe ao movimento sindical em geral interpretar estes dados e utilizar a capacidade de luta dos trabalhadores para pressionar o Congresso Nacional a aprovar a proposta de emenda constitucional que trata da redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas sem corte nos salários.
Está claro que os trabalhadores estão dispostos a grandes lutas. Há as tais condições objetivas e subjetivas para o embate entre capital e trabalho. Não podemos esperar de braços cruzados que os parlamentares apressem a análise da PEC da jornada menor.
Eles (pelo menos a maioria) não têm interesse em fazer isso porque representam os patrões. Outros simplesmente não têm interesse porque não são ou nunca foram assalariados da iniciativa privada.
Ainda de acordo com o levantamento do Dieese grande parte das greves foi deflagrada por aumento de salário (49%), por plano de cargos e salários (26%) e de auxílio alimentação (18%).
Os trabalhadores cruzaram os braços também para exigir novas contratatações, piso salarial, PLR, contra o descumprimento de acordo, descumprimento de lei e por questões relativas a condições de trabalho.
É fácil observar que os trabalhadores brasileiros têm paralisado as atividades por vários motivos, apesar das demissões imotivadas — a reação patronal mais utilizada para castigar os empregados.
Por isso, acredito que a deflagração de greves pela jornada de 40 horas não pode ser descartada pelo movimento sindical. Em algumas regiões, talvez seja possível apenas atrasar a entrada dos turnos.
Porém, sabemos que algumas categorias têm a capacidade e mobilização para cruzar os braços por horas e até por dias. Portanto, temos que debater esta e outras ações urgentemente.