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8º Congresso mostrou crescimento, vitalidade e maturidade da Força Sindical
quarta-feira, 21 de junho de 2017
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Uma impressionante demonstração de vitalidade, organização e entendimento. Assim foi o 8º Congresso da Força Sindical, realizado em Praia Grande, na semana passada. Durante três dias, 2.345 delegados, representando mais de 2 mil entidades sindicais filiadas e sob o acompanhamento de observadores internacionais, se reuniram num ambiente de intensa participação.
A principal missão política e sindical do 8º Congresso foi cumprida. Sob a coordenação do companheiro Paulinho, reeleito presidente da central, e à luz das deliberações de 27 congressos estaduais realizados pela Força nos meses que antecederam o grande Congresso, chegamos unidos à Praia Grande. E de lá saímos ainda mais fortes, organizados em torno de uma direção eleita por aclamação, cujos cargos foram preenchidos por consenso e sob os critérios de participação dos vários ramos profissionais aglutinados na Força. As divergências pontuais que existiam foram resolvidas sem traumas, com base na franqueza e no companheirismo. Quem apostou na divisão da Força, perdeu todas as fichas. Quem trabalhou pela unidade, saiu consagrado.
A Força ficou mais robusta. Criamos um Conselho Político, que apoiará reflexões, consultas e decisões estratégicas ágeis para a Central. Esse Conselho organiza e compartilha propostas e responsabilidades para seus integrantes. Podendo ser convocado a qualquer momento, irá comprometer seus integrantes com os posicionamentos assumidos, ampliando o leque de consultas formais, de um lado, e aumentando a responsabilidade dos dirigentes sindicais com os destinos da nossa Central.
Outra novidade está na de trazer as mulheres da Força, essas guerreiras, mais para o centro de decisões da nossa entidade. Respeitou-se, na montagem da nova direção, a cota de 30% para mulheres, mas estabeleceu-se o compromisso de elevar esse percentual, já no próximo Congresso, para até 50%. Preciso registrar, nesse ponto, que a nossa categoria de químicos e farmacêuticos já praticou esse critério, levando nossa bancada de delegados a ter, em Praia Grande, mais de 30% de representantes femininas. Igualmente indicamos para a formação da chapa diretiva 30% de companheiras mulheres. Esse é o caminho para as cotas. Cabe agora às categorias e aos estados, previamente, fazer o dever de casa.
Os trabalhadores químicos e farmacêuticos tiveram no trabalho do companheiro Edson Dias, secretário-geral da Fequimfar e coordenador do maior dos grupos de trabalho do encontro, um delegado responsável, transparente e democrata, como é do seu feitio. Ao tratar da ausência de mulheres em grande número em seu grupo de trabalho, ele usou uma imagem não adequada. Por este deslize, sofreu críticas excessivas e injustas de companheiras presentes. Edson sempre foi um exemplo de respeito, correção e comportamento de classe. Em nome da Fequimfar, que presido, afirmo e reafirmo que conheço o compromisso do companheiro Edson com as causas das mulheres. Ele não é, e nem passa perto, do retrato que algumas sindicalistas traçaram dele. O secretário-geral Edson Dias merece toda a nossa consideração.
Com a maior participação, entre todas as centrais, nos atos, manifestações e greves realizadas nacionalmente nos últimos dois meses, a Força reafirmou em Praia Grande a importância de haver fontes seguras para o custeio sindical, de modo a que nossas entidades possam seguir encaminhando a luta dos trabalhadores. Igualmente marcou, por mais esta vez, sua posição contras as propostas governistas de reformas trabalhista e da Previdência. Consolidamos a estratégia de fortalecer o trabalho sindical nos locais de trabalho. Nosso 8º Congresso confirmou, pela vontade soberana das bases, que somos uma central sindical plural, que luta e dialoga. Uma central que puxa greves e jornadas históricas como a Marcha à Brasília, quando levamos 100 mil trabalhadores à capital federal, e que também discute com o Congresso e o governo na defesa de nossas princípios.
A decisão de partirmos para eleger, no próximo ano, candidatos e candidatas ligados à central para o Congresso Nacional, especialmente como deputados federais, foi muito feliz. Hoje, a correlação de forças em Brasília é bastante adversa. O crescimento da bancada verdadeiramente ligada aos interesses dos trabalhadores torna-se, assim, uma imposição. Estou certo de que, com a organização e o planejamento que mostramos ao longo do período do 8º Congresso, saberemos, em cada Estado, escolher esses bons candidatos e elegê-los.
Entre as moções, sem dúvida cabe o destaque da que foi aprovada em favor do companheiro Paulinho. Tomada semanas atrás, a decisão de uma juiza do Tribunal Regional Federal, de suspensão de direitos políticos, foi noticiada, não por coincidência, justo no dia da abertura do 8º Congresso. Com sentenças que já o absolveram no caso, inclusive no TCU, Paulinho irá vencer, como já o fez outras vezes, mais essa batalha.
Nos meses anteriores ao nosso encontro, mais de 400 novas entidades sindicais se filiaram à Força, numa mostra de que nossas linhas mestras de atuação despertam interesse e alinhamento entre os trabalhadores. Nos próximos quatro anos que agora se iniciam, a maior responsabilidade da nova direção, da qual faço parte como 1º Secretário, é manter acesa a chama de unidade e da participação.
Parabéns, Força Sindical! Nosso 8º Congresso já se inscreve na história da central como aquele em que, em meio a ataques de todos os lados contra os trabalhadores, mostramos a todo o Brasil que nosso maior valor está na nossa união e compromisso com a luta de toda a classe trabalhadora.
Sergio Luiz Leite, Serginho
Presidente da FEQUIMFAR e 1º Secretário reeleito da Força Sindical