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A anarquia da representação política
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
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A organização dos trabalhadores tem crescido muito e alcançado várias conquistas em alguns setores da economia. Entretanto, a proteção social e a garantia de direitos consagrados na legislação pertinente correm sérios riscos no discurso de alguns parlamentares, que querem a flexibilização dos direitos trabalhistas, a extinção da Carteira de Trabalho e Previdência Social, além de propor leis que alimentam a terceirização exacerbada, como acontece na maioria dos setores da produção. Isso, sem falar no carro chefe destas ações que são praticadas pelo estado, que deveria ser o principal defensor de uma relação de Trabalho Decente.
Tais arrogos correm sérios riscos de se materializarem. Haja vista que o Parlamento representa as corporações dos ruralistas, dos capitães da indústria, da rede privada de saúde, dos planos de saúde, dos laboratórios farmacêuticos, das empresas de telecomunicação, das empresas de telefonia e do futebol.
No entanto, leis que podem melhorar a vida dos trabalhadores encontram dificuldades de aprovação no Congresso Nacional, a exemplo do fim do Fator Previdenciário e a Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas, sem redução de salário.
Com dizem que o boi só cresce com o olho do dono, a eleição que se aproxima é uma grande oportunidade para melhorar a representação dos que cuidam dos interesses dos trabalhadores no Congresso Nacional, para trazer para o debate leis que atendam as reivindicações dos trabalhadores, aposentados, pensionistas e idosos, fiscalizar e chamar a atenção para as cascas de bananas colocadas no caminho por interesses inconfessáveis.
Nilson Bahia, Presidente do Sindnapi BA e Vice Presidente da Força Sindical BA