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A beleza da mistura de raças
segunda-feira, 23 de julho de 2018
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No Brasil do século XIX e inicio do XX, muitos ‘intelectuais’ entre aspas defendiam a eugenia, teoria que combate a miscigenação, mistura de raças que ocorre até hoje no país, graças a Deus.
Nossa elite econômica pretendia, e talvez ainda pretenda, ‘branquear’ a população. Incentivou a vinda de imigrantes europeus, brancos, para se misturarem aos brasileiros e brasileiras.
Aqueles ‘gênios’ acreditavam que, após três gerações, os brancos se sobreporiam aos negros e nativos, que deveriam ficar à margem da sociedade, onde estão até hoje.
Introduzido na Alemanha nazista no final de 1935, por Heinrich Himmler, braço direito de Adolf Hitler, o projeto Lebensborn objetivava combater o declínio demográfico da população germano-ariana.
O projeto, cujo nome significa ‘fonte de vida’, criou lares que acompanhavam a gravidez de mulheres com características étnicas para procriação da raça ariana. Para eles, a raça pura.
Consequência da expansão do nazismo na segunda guerra, entre 1939 e 1945, o Lebensborn adotou diretrizes mais claras para combater a miscigenação e valorizar a raça branca.
Em varias regiões da Europa nazista, os lares Lebensborn foram criados para a gravidez de mulheres brancas e de origem ariana, muitas forçadas por soldados de Hitler.
Ao acompanhar o final da copa de futebol da Rússia, com a seleção francesa sagrando-se bicampeã mundial, fico imaginando os que hoje defendem projetos análogos aos da eugenia e o Lebensborn.
Infelizmente, ainda é grande a parcela da população mundial com coragem e embasamento pseudocientífico para defender o racismo e essas teorias de raças superiores.
A história já mostrou que os projetos citados não surtiram o efeito desejado. Ao contrário, a miscigenação só fortalece a raça superior que é a raça humana. E o futebol esta aí para mostrar.
A França, campeã mundial de futebol em 1998, era liderada por Zinedine Zidane. E a França de hoje é liderada por Kylian Mbappe, ambos de origem africana.
Zoel é professor, formado em sociologia e diretor financeiro do Sindserv (sindicato dos servidores municipais) Guarujá