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A educação no processo de desindustrialização
sexta-feira, 20 de abril de 2012
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De acordo com o IBGE, no ano passado, a participação no PIB da indústria de transformação (representada pela cadeia industrial que transforma matérias-primas em bens de consumo ou itens usados por outras indústrias) foi de apenas 14,6%. O patamar é o mais baixo desde 1956, quando esse segmento respondeu por 13,9 da soma no país.
Vários são os fatores desse processo de desindustrialização como o real valorizado, a elevada carga tributária, infra-estrutura precária e a produtividade do trabalhador brasileiro.
Quando falamos em produtividade do trabalhador estamos tratando de um problema maior, que é a formação educacional no Brasil.
Nesse ponto, além de pressionar o governo para que se ampliem as medidas econômicas para fomentar a indústria nacional, é preciso também que se estabeleçam políticas públicas sólidas de valorização e estruturação do sistema de educação no país.
O movimento sindical realiza um grande trabalho de qualificação do trabalhador, promovendo cursos profissionalizantes em diversas áreas. No entanto, o sistema é deficitário, uma vez que é preciso uma formação educacional de qualidade desde as primeiras séries do Ensino Fundamental.
É preciso pensar o Brasil como um todo. Assim, não há como pensar em desenvolvimento e indústria nacional sem cidadãos qualificados.
Claudio Magrão é presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo