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A Força Sindical na Rio + 20
quarta-feira, 21 de março de 2012
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Faltando pouco menos de 90 dias para o início da Conferencia da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorrera no Rio de Janeiro em dois momentos, iniciando o primeiro deles em 13 de junho, com ênfase na participação da Sociedade Civil e no segundo momento em 22 de junho, na grande reunião de representantes dos governos mundiais, ainda podemos ter uma atuação destacada.
A própria ONU considera os trabalhadores, organizados em seus sindicatos, federações e centrais “majorsgroups”, ou um dos sete segmentos prioritários nas decisões sobre esta encruzilhada em que se encontra nosso planeta, face as necessidades de suprir os já mais de 7 bilhões de seres humanos de alimentos, água, habitação, saúde, segurança e conforto, o que, convenhamos so poderá ocorrer com muito TRABALHO e este é o nosso chão.
Estão trazendo termos novos, como “green Jobs”, ou trabalhos verdes, como se existissem trabalhos marrons, pretos, amarelos e outros, que não merecessem atenção ou fossem condenados. A mim parece apenas uma forma de perverter as decisões sobre “trabalho decente”, pois se for indecente não interessa sua cor. Temos é que fazer com que os trabalhadores nos lixões (recicladores) tenham trabalho decente; que os trabalhadores em mineração, agricultura, construção civil, comércio e serviços, metal-mecânica, energia e tantos outros, todos, tenham TRABALHO DECENTE.
Outro termo que estará em discussão é “empresas sustentáveis”. Ora as insustentáveis, quebram, sucumbem na lógica capitalista. Temos que rever conceitos pois a lógica do lucro de uns com o prejuízo de todos levou o planeta a estas preocupações com o “aquecimento global” e todas as suas consequências.
Mas voltando a nossa participação, como grande central de trabalhadores do Brasil, onde ocorrerá este evento, não podemos nos furtar de dar nossa contribuição, gerando debates prévios; construindo documentos; oportunizando que nossos líderes sindicais compareçam ao evento e sejam protagonistas das mudanças que são urgentes de serem implantadas. Os líderes nacionais; estaduais; de cada um de nossos sindicatos filiados deveriam ter a oportunidade de irem ao Rio de Janeiro, pelo menos em um destes dias, para, voltando a suas bases, não so dizerem que participaram no evento histórico, mas viveram o “clima da mudança”; compartilharam com os representantes do mundo todo as tecnologias, as propostas, as preocupações e os sonhos dos que querem um mundo melhor para todos.
Que aula ambiental, que crescimento pessoal, que engajamento nas questões ambientais, que poder de discussão nas próximas reinvidicações sindicais tais lideranças terão se a eles for dada a oportunidade de vivenciar algumas horas que sejam neste evento global.
Eng. Civil Lélio Luzardi Falcão
Secretário de Meio Ambiente e Ecologia – Força Sindical RS
Presidente da Associação Força Verde