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A hora da verdade
terça-feira, 9 de novembro de 2010
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A inflação era um flagelo que destruía diariamente o poder de compra e a renda do trabalhador brasileiro. O salário mínimo era vergonhoso.
Pois bem. A inflação tem sido controlada nos últimos 17 anos e o salário recuperou em parte o poder de compra dos mais desamparados.
Agora é a hora de fazer mais, como prometia um dos candidatos na disputa.
Pesquisas recentes indicam que cerca de 60% das residências brasileiras não têm saneamento básico e água potável nas torneiras. A candidata eleita prometeu investir R$ 40 bilhões para tentar resolver esse problema.
Cerca de 80% da população brasileira mal consegue interpretar um texto e perto de 40% são considerados analfabetos funcionais. A candidata eleita garantiu que uma de suas prioridades será a educação.
Oitenta por cento da população brasileira não tem plano de saúde e sofre nas filas dos postos de saúde e hospitais em busca de um tratamento digno. A candidata eleita também afirmou que criará uma rede de policlínicas para realizar exames e consultas.
Com o todas essas providências já deveriam ter sido tomadas há muito tempo, quanto tempo mais a população brasileira, os movimentos sociais e os sindicalistas darão aos novos governantes?
É preciso deixar claro que essas tarefas não são de competência exclusiva do governo federal. Estados e municípios têm um papel fundamental nessa perspectiva de que os cidadãos merecem bons serviços pelos impostos que pagam.
Já passou da hora da cobrança. O povo brasileiro tem direito a serviços públicos de qualidade. E os novos governantes tem a obrigação de implantá-los. E não adianta prometer na próxima eleição.
Carlos Alberto de Freitas, presidente da Fetercesp (Federação dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas do Estado de São Paulo)