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A luta continua
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
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A reunião das seis centrais (e representantes dos aposentados) e do Dieese com o ministro Lupi na última terça-feira, dia 19, em Brasília, marcou um ponto decisivo na campanha unitária do movimento sindical pela consolidação da política de recuperação do salário mínimo e dos valores das aposentadorias.
Foi reafirmada unanimemente a necessidade da garantia de uma política permanente que recupere os valores reais do mínimo e das aposentadorias, dobrando-os até 2023. Com a regra estabelecida que adiciona em cada 1º de janeiro a inflação de um ano mais o crescimento do PIB de dois anos atrás, os valores para o salário mínimo alcançariam, superando a “falha” de 2009 (que teve crescimento do PIB nulo), mais de R$ 600 em 2012 e por volta de 13% para as aposentadorias superiores ao mínimo.
A negociação sobre os valores a vigorarem em primeiro de janeiro de 2011, em pleno segundo turno da campanha eleitoral, não deve nos desorientar: ela se dá com o atual governo (presidência, ministros do Trabalho e da Previdência e setor econômico do governo), se apoiará na regra geral mas eliminando o fatídico ano de 2009 e será implementada pela próxima presidente em seu dia de posse.
A demagogia de Serra que, do nada, tira da cartola as suas propostas demagógicas que não contam com o apoio nem de seus colegas de campanha e financiadores, ficou esvaziada.
Eu, pessoalmente, preferia que o presidente Lula e as centrais negociassem já valores fortes que “matassem” a demagogia e reafirmassem a política de correção do mínimo e das aposentadorias.
Mas, realizadas as eleições, continua em aberto a necessidade de negociação cujos resultados se reflitam na discussão orçamentária e serão objeto de medida provisória já que o Congresso ainda não aprovou a lei permanente.
Uma coisa é certa: a luta pela recuperação do mínimo e das aposentadorias continua e durante alguns dias será também a luta contra a demagogia do “mais” que quer o “menos”.