Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
A pluralidade é a nossa Força
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Artigos
A atitude pluralista e apartidária define a Força Sindical desde a sua fundação, em 8 de março de 1991. São duas características que acompanham e orientam a ação da central desde então. Essas são verdadeiras amálgamas para os sindicatos e trabalhadores das mais diferentes orientações políticas filiados à Força Sindical. Isso porque eles garantem o espaço democrático de ação e de defesa de ideias e projetos necessários para que todos nós possamos exercer nosso principal objetivo: defender e ampliar os direitos dos trabalhadores.
E como consequência do pluralismo e da preocupação com os interesses dos trabalhadores é que a Força Sindical tem sido uma das maiores incentivadoras da unidade das centrais sindicais, por mais de uma década. Esse instrumento é essencial aos trabalhadores. Foi com a unidade das centrais, que fizemos as Marchas à Brasília e, por meio delas, conquistamos a política de valorização do salário mínimo e a correção da tabela do imposto de renda. Juntos, formulamos a Agenda da Classe Trabalhadora e agimos para barrar projetos que significam ameaças a classe trabalhadora.
Neste momento de tantos debates acalorados sobre a situação política e econômica nacional, estes são valores necessários para fazer avançar o debate sobre os caminhos para a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores contra os ataques do capital, que, muitas vezes, se disfarça sob a crise para abocanhar direitos.
Da mesma forma, é fundamental a abertura que a Força Sindical proporciona ao debate entre as diferentes lideranças do espectro político nacional. Nisso se enquadra o presidente da Câmara Eduardo Cunha, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, assim como em outros momentos o mesmo espaço já foi concedido a José Dirceu, Geraldo Alckmin e tantos outros. Mas isso não é salvo conduto para aqueles que tenham cometidos erros e que por eles devem responder. O que de fato não pode acontecer é o pré-julgamento, tampouco a defesa cega a tudo e a todos, mesmo que em nome dos nossos interesses.
O atual momento político do país requer ponderação, sobriedade, visão e articulação das forças comprometidas com a construção de um país melhor. E o movimento sindical tem muito a contribuir, assim como os partidos políticos. Não se faz luta social consequente sem organização. É preciso discutir política com a juventude, com a população, formar novas lideranças e construir/ canalizar toda a indignação com a situação do país e a política no sentido de transformar a realidade e construir o país que queremos, justo, desenvolvido, para todos.
E, mais uma vez, para esse debate é fundamental a disposição democrática, o pluralismo e o compromisso com os trabalhadores. Essa é a preocupação e o debate que unem os sindicatos filiados à Força Sindical.
Jorge Nazareno, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco