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A saúde padrão FIFA que os brasileiros merecem!
terça-feira, 1 de julho de 2014
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Desde que a Constituição cidadã foi promulgada, em 1988, tem sido constantes as lutas do SinSaudeSP por uma saúde padrão FIFA para os brasileiros. Um grande avanço foi a criação do Sistema Único da Saúde (SUS). A universalização dos serviços de saúde foi, sem dúvida, uma boa medida. No entanto, faltou determinar com precisão de onde viriam os recursos para atender o povo. Hoje, as verbas do Ministério da Saúde estão encolhendo, enquanto a população a ser atendida só aumenta.
Apesar dos números sempre otimistas apresentados pelo Governo, sabemos que faltam recursos para os mais carentes. São os trabalhadores de menor renda e os desempregados, os idosos, as crianças e as mulheres os mais atingidos pela escassez de serviços básicos de saúde.
Sofrem as crianças na periferia das grandes cidades e nos confins do Brasil pela falta de saneamento básico que aliado, muitas vezes, a uma dieta alimentar inadequada traz de volta epidemias já erradicadas, como é o caso da dengue, febre amarela e malária. Sofrem os idosos, por falta de gente e de hospitais públicos; sofrem as mães, que muitas vezes são obrigadas a dar à luz no meio da rua. Enfim, sofrem todos os brasileiros.
Mesmo os privilegiados que podem pagar um plano de saúde também estão descontentes com a demora em marcar uma consulta e com a negativa de cobertura dos procedimentos médicos. De toda forma, estamos longe da saúde padrão FIFA que os brasileiros merecem. E no meio de toda essa carência, os profissionais da saúde, verdadeiros pilares humanos que mantém o SUS e os hospitais privados funcionando, também são injustiçados pelo governo.
Eles aguardam há mais de 14 anos pela votação do PL 2295/00, que institui a jornada de 30 horas semanais para a enfermagem e vivem no centro da turbulência do sistema de saúde, nos hospitais e Prontos Socorros, pressionados de um lado pela população, que busca atendimento, e de outro pela carência de recursos e péssimas condições de trabalho. Por tudo isso queremos uma saúde padrão FIFA para todos os brasileiros, pois só torcer pela Seleção não basta. Precisamos também lutar pelos nossos direitos!
José Lião de Almeida, presidente do Sinsaudesp