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A tragédia de Bangladesh
terça-feira, 14 de maio de 2013
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A história da luta dos trabalhadores – e a própria história do trabalho humano – é marcada por trágicos episódios que ilustram seu rigor.
Estão aí para serem execrados os sucessivos massacres de camponeses, os assassinatos impunes de dirigentes sindicais, as condições terríveis do trabalho escravo, do trabalho inseguro e mutilante, da exploração de crianças e do tráfico de mulheres.
Aparecem como momentos alucinantes da selvageria humana e da busca desenfreada por lucros e dominação o enforcamento dos mártires de Chicago, as 154 moças mortas num incêndio da fábrica de confecções onde trabalhavam, o massacre de Eldorado dos Carajás, o assassinato de operários em Volta Redonda e agora as centenas de mortes em Bangladesh.
O movimento sindical dos trabalhadores que resiste à exploração e deseja melhorar as condições de vida do povo trabalhador reverencia as vítimas e suas memórias, mas quer, com altivez, que se eliminem as causas das tragédias ou, pelo menos, que se impeça sua repetição enojadora e banalizante.
O movimento sindical, internacionalista por natureza e humanista por conteúdo, é como um corpo vivo na realidade atual do capitalismo; uma ferida em qualquer parte dói nele todo.
E, em protesto contra as mortes das companheiras e companheiros de Bangladesh, o movimento sindical brasileiro deve continuar sua luta para que a dor não se repita, não haja mais luto, para que não se tolerem os crimes contra o trabalho humano e contra os trabalhadores.
João Guilherme Vargas Neto, consultor sindical