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Acima das divergências, a união da nossa luta
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
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A pluralidade está e sempre esteve mantida na Força Sindical, apesar das tentativas de distorcer e de contestar esta máxima. Prova disto, é a nota emitida pelo secretário-geral da Central, que manifesta uma posição estritamente pessoal, que não representa o pensamento democrático e suprapartidário da Força Sindical.
A Força Sindical sempre recebeu a todos os presidentes da Câmara Federal, assim como outros representantes dos mais diversos segmentos, linhas de atuação e siglas partidárias. Não seria diferente com Eduardo Cunha, especialmente enquanto têm sido colocados em pauta vários projetos de relevância para os trabalhadores, onde destaca-se, inclusive, a conquista da correção dos depósitos do FGTS, capitaneada pelo deputado Paulinho.
Em meio a tantos ajustes, cortes e achacamentos promovidos pelo governo, a aprovação da medida na Câmara representa uma das maiores vitórias da classe trabalhadora neste ano. Se passar pelo Senado, deve configurar, a partir de 2016, a correção de 4% mais TR; depois, no segundo ano, de 4,75% mais TR; no terceiro ano, de 5,5% mais TR; e no quarto ano, em 2019, pelas mesmas regras da poupança, chegando a 6,5%, mais TR.
O reconhecimento aos esforços que proporcionaram um cenário favorável à aprovação desta medida, que pode ser a única em um período já extenso, é natural, válido e legítimo. Neste caso, Juruna está isolado em sua posição e na contramão das ideias e do caráter de pluralidade da Força Sindical. Pluralidade esta, que, por vezes, não se faz presente, quando decisões são tomadas e acordos são firmados sem o diálogo merecido junto às próprias bases. Nossa posição, tampouco permite qualquer defesa do governo, muito menos um sindicalismo de conivência e chapa branca – papel que, aliás, já é bem desempenhado por outros.
Não há "racha" na Força Sindical e isso deve ficar bem claro a todos, tanto quanto o fato de que prezamos pela liberdade, pelo diálogo e pela construção conjunta dentro de todas as nossas batalhas até hoje. Divergências fazem parte do processo, mas, acima delas, sempre estará a união que move a nossa luta, que é pela garantia de direitos para os trabalhadores.
Clàudio Janta
Presidente licenciado da Força Sindical-RS