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Ações que melhoram uma Nação
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
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Sem descuidar das grandes questões nacionais, e estratégicas, penso que o papel do governante é facilitar a vida das pessoas, das empresas e das instituições. Facilitar quer dizer não criar embaraços ou dificuldades e tampouco impor custos que a sociedade terá dificuldades em bancar.
O nome correto dessa postura é gestão. E gestão é uma prática que precisa ser incorporada na cultura e no dia a dia das pessoas, das empresas, das instituições e do Estado.
Quando se fala em governo, em todos os níveis, logo pensamos em grandes ações ou decisões. Mas isso nem sempre é necessário. Às vezes, uma medida simples ajuda, e muito, a vida das pessoas. Eu cito, por exemplo, a criação do Poupatempo, um centro prestador de serviços de grande importância. Por incrível que pareça, antigamente, tirar uma simples cédula de identidade demorava meses.
O saudoso governador Franco Montoro dizia que a grande obra de seu governo era o conjunto de pequenas obras. Com isso, ele mostrava a importância da gestão eficiente e desmontava o mito das grandes obras, criado na ditadura, que teve acertos, mas também cometeu erros monumentais, como a Rodovia Transamazônica, o projeto Jari, a Ferrovia do Aço e tantas outras que consumiram o dinheiro do povo e endividaram a Nação.
Eu li, ainda na quinta-feira (6), três decisões da presidente Dilma, adotadas de forma discreta, mas muito importantes. Uma é a que cria alíquota de 25% na importação de cem produtos. A medida protege o similar nacional, ajudando a fortalecer a produção nacional. Outra, singela, mas também eficaz, é a que reduz os juros no parcelamento dos cartões de crédito, que, aliás, continuam ainda muito altos.
A terceira decisão, de maior impacto, é a que reduz o valor da conta da energia elétrica. A redução, para o consumo doméstico e, portanto para os gastos das famílias, será pelo menos de 15%. Para a indústria, a queda na tarifa da energia será ainda maior, devendo ficar em 28%.
Essas decisões, que, na prática, se ligam a um conjunto mais amplo de medidas, apontam para a melhoria da gestão pública em nosso País. Como foi, aliás, a lei da transparência, que garante a divulgação dos altos salários no Executivo, Legislativo e Judiciário.
Eu sou otimista em relação ao Brasil. Não abro mão do meu direito de criticar. Mas seria cegueira não enxergar avanços graduais, que vão melhorando a vida da Nação.
José Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região