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Acreditar no Brasil
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
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O ano de 2015 foi muito difícil para os brasileiros, especialmente os trabalhadores. Vivemos todo o período do ano embaixo de duas fortes crises – crise econômica e crise politica. A crise econômica penaliza o trabalhador com desemprego e arrocho salarial. Já a crise na política enfraquece todos os níveis de governo e também o Congresso Nacional.
Em razão das duas crises, setores atrasados do capital partiram para o ataque contra direitos e conquistas trabalhistas. O ataque mais duro veio por meio do projeto de terceirização (PL 4.330/2004), que permite terceirizar a atividade-fim da empresa, legalizando o capitalismo selvagem.
Outro ataque, não menos drástico, se deu pelas Medias Provisórias 664 e 665, derrubando conquistas de aposentados, Segurados da Previdência e também de desempregados.
Mas não ficou só nisso. O Congresso Nacional tentou mudar a lei, para que o negociado prevalecesse sobre o legislado, o que, na prática, rasgaria a CLT e derrubaria importantes leis trabalhistas.
Justiça seja feita ao sindicalismo, que reagiu e, graças à unidade das Centrais, conseguiu com que esses ataques não prosperassem inteiramente. Alguma coisa os trabalhadores perderam, mas foi muito menos do que propunham as medidas originalmente.
No dia a dia sindical, tivemos que agir como um pronto-socorro, cuidando de evitar demissões, reduzir seus impactos, negociar redução de jornada de trabalho, enfim buscar soluções que fossem as menos dolorosas. Numa conjuntura dessas o que havia de ser feito era resistir, e nós, em nenhum momento, deixamos de fazer a resistência que nos cabia.
Mas o ano não foi apenas de impasse. No dia 3 de dezembro, as Centrais Sindicais e várias associações empresariais do setor produtivo lançaram um movimento, o “Compromisso pelo Desenvolvimento”, que combate a recessão e propõe uma série de medidas práticas para superação da crise. Nesta terça (15), data em que escrevo este artigo, os representantes do movimento estão em Brasília debatendo com o governo federal, o Congresso e diversos órgãos do Estado.
Em nenhum momento, neste ano, deixamos de lutar. E 2016 também será um ano duro e de muitas lutas. Eu acredito no Brasil e sei que trabalho, capital e todas as forças vivas da Nação estarão unidas para que o País reencontre seu destino, combata cada vez mais a corrupção, cresça e promova a inclusão social.
José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
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