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AGORA VAMOS IMPEDIR A VENDA DA ELETROBRAS
quarta-feira, 25 de abril de 2018
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Uma das prioridades do governo federal neste momento consiste em privatizar a Eletrobras, uma das maiores empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica do mundo.
Com o sepultamento da votação da reforma da Previdência, a venda da estatal se tornou a “bola da vez”, e um dos argumentos utilizados no Congresso é o de que a estatal está com prejuízo e sua venda ajudaria a equilibrar as contas do governo.
O complexo Eletrobras está prestes a ser entregue aos chineses e a outros estrangeiros por até R$ 20 bilhões, valor inferior ao patrimônio da estatal, que foi avaliado em mais de R$ 350 bilhões.
O fato é que o déficit temporário apresentado pela empresa deveu-se às Medidas Provisórias 577 e 579, implantadas em 2012, ainda no governo Dilma, sob pressão da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). As MPs estabelecem a venda mais barata de energia sem baixar os custos da geração, e isto causou instabilidade nas contas da Eletrobras. A companhia chegou a ter bilhões em débito com a União no período de agosto de 2016 a agosto de 2017.
Mas, de acordo com o balanço, a Eletrobras lucrou R$ 3,4 bilhões em 2016 e R$ 1,7 bilhão no primeiro semestre de 2017. Rentabilidade suficiente para suprir em pouco tempo a diferença financeira causada pelas Medidas Provisórias.
Defender a Eletrobras e suas subsidiárias é proteger o setor elétrico do Brasil e a segurança que ele nos oferece. Os brasileiros serão os mais prejudicados com essa privatização pois, sem energia pública, a conta de luz deverá subir 17% de imediato e manter-se em elevação por 30 anos; a produção e a venda de alimentos ficarão mais caras; teremos apagões frequentes e o meio ambiente estará ameaçado. E a mais grave de todas essas mazelas é justamente entregar as nossas águas para empresas privadas que controlarão os recursos hídricos do País por meio de enormes represas.
Todos estes fatores acarretarão na decadência da indústria do País, gerando milhares de demissões de trabalhadores. Também é importante salientar que as empresas estatais são pilares fundamentais na economia de um país. Sem elas, é praticamente impossível subsidiar projetos sociais e estimular a economia para que o País saia da crise e volte a crescer.
A Eletrobras que querem privatizar é a maior empresa de geração de energia elétrica da América Latina, uma gigante no transporte de energia por meio de linhas de transmissão.
O desenvolvimento só é conquistado por meio da equação energia + trabalho. O que estão fazendo no Brasil, entregando a estatal e suas subsidiárias na bacia das almas é inaceitável. Empresas estrangeiras estão dominando todo o nosso patrimônio e prejudicando ainda mais as condições de trabalho dos brasileiros e dos que trabalham nessas empresas.
Eduardo Annunciato (Chicão)
Vice-presidente da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo