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Alinhar as peças no tabuleiro eleitoral: tarefa urgente para o movimento sindical
terça-feira, 26 de agosto de 2014
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Fico me perguntando aonde a classe trabalhadora quer chegar. Quer avançar em suas metas ou lutar para não ver direitos históricos, conquistados com suor e mobilização, suprimidos? Queremos ampliar conquistas ou amargar derrotas?
Este é um ano eleitoral. Eleições diretas facultam aos cidadãos a escolha de seus representantes. Este ano, temos a chance de renovar o Presidente da República e as bancadas de parlamentares no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa. E é no Legislativo que todo o processo se desenvolve, a favor ou contra o trabalhador.
No Congresso Nacional, pela formação que se renova em janeiro de 2015, a bancada sindical conta com 91 representantes, sendo 83 deputados e 8 senadores, enquanto os empresários somam 273 deputados a seu favor. Assim, fica fácil entender porque não avançamos na redução da jornada sem diminuição de salário, no fim do fator previdenciário e tantas outras bandeiras fundamentais para os trabalhadores.
Por isso, é imprescindível votar em quem defende o interesse do trabalhador, não no discurso, mas na prática. Pesquise o passado do seu candidato antes de votar. Da mesma forma que é legítimo e necessário que companheiros de luta, afinados com as causas trabalhistas, sejam candidatos, por diferentes partidos. Não defendemos partidos, mas propostas. Nosso desafio, enquanto lideranças sindicais, é conscientizar o eleitor que trabalhador vota em trabalhador, única forma de defendermos nossos interesses no Congresso Nacional e nos Legislativos estaduais.
A Força Sindical RJ prepara um questionário para entregar aos candidatos a governador do Rio de Janeiro, para identificarmos quem tem a melhor proposta para o movimento sindical. Boas propostas, vindas de alguém de caráter, merecem nosso apoio. Nós, sindicalistas, não podemos só observar o cenário político que se desenha para as próximas eleições, mas temos o dever de interferir nesse processo e fazer escolhas, que significarão futuras vitórias ou derrotas em pleitos que defendemos há anos.
Francisco Dal Prá, presidente da Força Sindical RJ