Em nome da Diretoria, agradeço trabalhadores e trabalhadoras que lotaram o Sindicato, dia 15, na primeira assembleia de campanha salarial. Um primeira contagem, baseada na lista de presença, apontou que havia gente de mais de 40 fábricas, grandes, médias ou pequenas.
Parabenizo também as mulheres, pois a presença feminina foi ótima, com muitas jovens. Alguns pais compareceram com esposa e filhos, o que é muito bom, pois mostra a união da família metalúrgica. Havia também vários membros de Cipas e pessoal ligado ao esporte metalúrgico.
Os principais itens aprovados são: Reposição das perdas pelo INPC; Aumento real no salário e Pisos; Renovação das garantias das Convenções Coletivas; Licença-maternidade de 180 dias em todos os grupos empresariais; Licença-paternidade de 20 dias, pra que o marido possa auxiliar esposa e bebê; e constar da Convenção a igualdade salarial entre homem e mulher na mesma função.
Aprovamos, ainda, item que reivindica subsídio pra alimentação em todas as fábricas. Seja café da manhã, almoço, jantar, cesta básica ou vale-refeição. A boa alimentação é fundamental no exercício do trabalho. Assembleia aprovou também item por respeito e direitos às pessoas LGBT.
O próximo passo é encaminhar a pauta da nossa base à Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP. Queremos incluir esses itens na pauta unitária estadual, que será encaminhada aos grupos patronais pra início das negociações coletivas.
Na assembleia, reforcei que campanha é movimento coletivo, com objetivo. Coletivo são os 600 mil metalúrgicos ligados à Força Sindical. Objetivo é o atendimento pelos patrões à nossa pauta. A Federação coordena a campanha, mas nosso papel é reforçar a mobilização nas fábricas de Guarulhos, Arujá, Mairiporã e Santa Isabel.
Alerto o patronato que o Brasil mudou. A economia cresce, os empregos estão voltando e um Presidente democrata governa o País. A era dos ataques a direitos é página virada. A categoria metalúrgica não se nega a ajudar a luta por juros mais baixos, que é bandeira do setor produtivo. Não se nega a ir às ruas cobrar uma política industrial forte. Mas queremos contrapartidas, como emprego decente, salário justo e direitos.
Diálogo – Nosso Sindicato tem 60 anos de uma história que sempre valorizou o diálogo. Mas a categoria metalúrgica também é valente na hora de lutar. Essa campanha salarial, portanto, pode caminhar por duas rotas: a da negociação ou a trilha da luta.
A maior das leis é o bom senso. E o bom senso indica que o Brasil precisa pagar salários melhores, valorizar a trabalhadora e elevar o padrão de direitos sociais. Que a marca dessa campanha salarial seja o bom senso. Assim avançaremos e todos sairão ganhando.
Josinaldo José de Barros (Cabeça),
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e região