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As mulheres e a reforma política
quarta-feira, 7 de março de 2012
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Pela primeira vez nós temos uma mulher na presidência da República e um número inédito de mulheres em cargos do primeiro escalão do Governo Federal. Isso tem uma importância real, pois termos mulheres na política institucional é um passo fundamental para a criação de políticas para mulheres; e também tem uma importância simbólica ao familiarizar a sociedade com a idéia de mulheres no poder.
É necessário maior investimento em pesquisas e programas elucidativos sobre os motivos que aproximam ou afastam as mulheres da estrutura política do país. Sabe-se que o eleitorado feminino é maioria no Brasil, passando dos 50% dos votantes, porém, tal proporção não se reflete na candidatura ou na escolha do voto.
Ao mesmo tempo nós continuamos em uma das últimas colocações em relação à presença feminina nos cargos eletivos. Hoje, além da Lei 9504/97, nossa nação conta com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e a Bancada Feminina no Congresso que é composta por parlamentares que têm o objetivo de garantir não somente a elaboração de políticas públicas, mas também a representação dos direitos e interesses das mulheres no Poder Legislativo. No entanto, a proporção de Deputadas e Senadoras em relação ao total de parlamentares é nitidamente pequena.
A população feminina não é o único segmento social secundarizado pela trajetória histórica da sociedade brasileira e, se a Reforma Política cumprir seu objetivo de reforçar a democracia nas suas três formas é de se esperar que as mudanças trazidas diminuam as diferenças de acesso aos mecanismos de tomada de decisão. É necessária uma campanha de encorajamento das mulheres, fomentando suas candidaturas e conscientizando a comunidade sobre a importância do acesso dos grupos historicamente subrepresentados à estrutura governamental.
Flora Brioschi, dirigente Sindical do SINTEPAV e FORÇA SINDICAL BA