Seja de direita, de esquerda, de centro ou de centro-esquerda, ninguém em sã consciência pode ser contra a democracia. Só os extremistas ficam contra o regime democrático.
E eles podem até ser barulhentos e agressivos, mas têm pouca base social. Já a imensa maioria da população é a favor da democracia, como demonstram inúmeras pesquisas.
O apego à democracia fica mais uma vez demonstrado na rápida, e numerosa, adesão ao manifesto “Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático”, lançado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP. Até sexta, dia 29, mais de 500 mil brasileiros haviam subscrito o documento. Entidades de classe, associações, órgãos ligados às artes e o sindicalismo aderiram em peso.
Por que essa “Carta” foi lançada? Porque o presidente Jair Bolsonaro tem atacado a segurança das urnas eletrônicas, questionado a conduta de ministros do TSE e do Supremo e tomado iniciativas que sinalizam vontade de desrespeitar a vontade do eleitorado, caso ele venha perder as eleições.
A iniciativa mais esdrúxula do Presidente foi reunir-se com embaixadores de diversos países, dia 18 de julho, para questionar um sistema eleitoral pelo qual o próprio Bolsonaro se elegeu sete vezes deputado e uma vez à Presidência da República. Aquele encontro absurdo teve enorme repercussão negativa aqui e no Exterior.
E mais: o evento com os embaixadores, promovido por Bolsonaro, acendeu o sinal amarelo, alertando amplos segmentos da sociedade para a necessidade de ampliar o reforço ao regime democrático. Os setores mais organizados reagiram de pronto e a “Carta em Defesa do Estado Democrático de Direito” é o documento mais expressivo produzido até agora.
Por que, afinal, a democracia é melhor para os trabalhadores? Por que no regime democrático a classe trabalhadora pode se organizar, os Sindicatos podem atuar sem repressão e dessas mobilizações surgem conquistas e direitos.
Vamos a alguns exemplos de conquistas no regime democrático: Pagamento do abono de férias de 1/3; multa de 40% sobre o FGTS em caso de demissão; licença-maternidade de 120 até 180 dias; aviso prévio proporcional ao tempo de serviço; direito do Sindicato entrar com ação coletiva em nome dos empregados; licença-paternidade; lei do seguro-desemprego; lei da Participação nos Lucros (PLR); Lei que criou o Microempreendor Individual (MEI) e muitos outros avanços.
Pela internet, todos os democratas podem aderir à “Carta”. Nosso Sindicato e as Centrais Sindicais entraram nessa campanha. Pedimos o apoio da categoria e dos cidadãos. Seja um cidadão consciente e assine a “Carta”. A democracia e as futuras gerações vão te agradecer!
Josinaldo José de Barros (Cabeça), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região