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Baixar juros para gerar empregos
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
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Dados recém-divulgados pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, nos dão conta de que o Brasil, em 2017, deverá alcançar o maior índice de desemprego entre as vinte maiores economias do mundo, com uma previsão 1,2 milhão de novos desempregados engrossando as atuais 12,3 milhões de pessoas sem trabalho. Ainda segundo a OIT, de cada três desempregados no mundo, um será brasileiro. O Brasil só perde para a China e a Índia em termos de desempregados, países com população cinco vezes maior do que a nossa.
E como fazer para que este mal que assola o País e milhões de lares brasileiros seja revertido? Será preciso muito empenho por parte de todos os setores de atividade, e firmeza, bom senso e objetividade da parte do governo na condução da política econômica nacional – sem que se penalize ainda mais a classe trabalhadora com a retirada de direitos. Precisamos de um projeto de desenvolvimento para o País, priorizando o setor produtivo.
Reduzir drasticamente a taxa básica de juros (Selic) já seria um bom primeiro passo para nossa retomada econômica. Mas que esta redução seja efetiva, e não na forma de conta-gotas como o governo vem fazendo nas três últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), após uma longa série de altas e manutenções.
Juros altos são um dos grandes responsáveis pela recessão econômica que o Brasil atravessa. Com juros baixos, os investimentos vão ressurgir, o real ficará mais estável, a produção e o consumo serão reaquecidos, a massa salarial será elevada e novos postos de trabalho serão criados.
Nos próximos dias 21 e 22 e Copom estará reunido para decidir como ficará a taxa de juros. A Força Sindical lá estará pressionando os tecnocratas do governo para que deixem seu excesso de conservadorismo de lado e promovam uma redução na Selic como a que o Brasil e os brasileiros almejam. Uma redução vigorosa, capaz de fazer com que a economia nacional volte aos trilhos do crescimento econômico e os trabalhadores tenham trabalho e dignidade num País com justiça social plena.
João Carlos Gonçalves – Juruna
Secretário-geral da Força Sindical e vice-presidente dos Metalúrgicos de São Paulo