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Brasil: Liderança global é o papel que nos cabe como sétima economia mundial
sexta-feira, 3 de julho de 2015
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É importante perceber que embora o atual momento seja complicado no cenário político e econômico para o governo brasileiro e consequentemente para o Brasil, foi muito positivo e produtivo o encontro do presidente Barack Obama e presidenta Dilma Rousseff.
Impulsionando o Brasil como protagonista nas questões de interesses universais e de relevância mundial. Elevando a estatura diplomática do país, com projeção no cenário internacional de destaque enquanto sétima economia mundial, arrefecendo o antiamericanismo retrógrado de alguns poucos com notórias dificuldades de observar o óbvio.
Era necessário colocar fim àquele clima da questão que ficou pendente após escândalo de espionagem dos americanos, primeiro porque jamais acreditamos que pediriam desculpas e também porque continuarão espionando, e não somente o Brasil. Podemos estar enganados, mas e se fosse o Brasil a principal potência mundial?
Um dos principais momentos do encontro, quando repórter da Globo News fez uma pergunta à presidenta brasileira sobre a forma como o Brasil é visto nos EUA, e foi corrigida pelo presidente americano. “O Brasil se vê como um ator global e liderança no cenário mundial, mas os EUA nos veem como uma potência regional. Como você concilia essas duas visões?”, perguntou a jornalista.
Obama quebrou protocolo e contestou a pergunta: “Responderei em parte a pergunta que você acabou de fazer à presidenta. Não enxergamos o Brasil como uma potência regional, mas como uma potência global”, declarou.
O presidente norte-americano prosseguiu com a resposta, dizendo que o Brasil é uma economia importante e que será peça decisiva, durante as negociações da Conferência do Clima, marcada para o fim do ano em Paris. Sem se aprofundar, afirmou ainda que os EUA “não atingirão sucesso” em temas como saúde global e contenção do terrorismo, por exemplo, sem a ajuda brasileira. "Todos os países importantes precisam estar envolvidos nesse processo, e nós consideramos o Brasil um parceiro indispensável nesses esforços", finalizou.
Presidente Obama endossar publicamente a posição de liderança global é importante para o Brasil. Mostra que os EUA estão de fato interessados em ajudar o país a sair da crise e querem aprofundar parcerias que os dois países têm, criando ambiente de maior proximidade e de diálogo construtivo.
Sabemos, entretanto, que a declaração do presidente não é desinteressada, e nem poderia deixar de ser, mas avança como uma comprovação de um status internacional que o Brasil busca. O aval da principal potência mundial poderá servir de incentivo para que haja também reconhecimento qualitativo pelo resto do mundo.
Os problemas internos do Brasil não podem interferir negativamente nas questões internacionais, numa democracia sólida e pressupostamente madura não se omite das decisões firmes e importantes, emanadas do anseio popular.
Afinal o protagonismo de liderança global depende de nós e de nossas ações com vistas ao futuro.
Francisco Quintino,coordenador do Departamento de Promoção Igualdade Racial da FEQUIMFAR, secretário de Promoção Igualdade Racial da Força Sindical SP e presidente do INSPIR pela Força Sindical