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Buscar o que nos une
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
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Quem conviveu com o histórico sindicalista Luiz Tenório de Lima, Tenorinho, não se esquece de sua frase recorrente: – Vamos ao que nos une!
Experiente dirigente sindical, ativo militante comunista, exilado político e depois vereador em São Paulo, Tenorinho tinha consciência de que não podemos nos perder em divergências e de que nossas energias, nosso tempo e nosso conhecimento devem ser canalizados para o que nos une e orienta.
Na verdade, se a gente não se perder em abstrações e debates meramente ideológicos, vai verificar que aquilo que nos une é muito mais do que aquilo que nos separa.
Eu penso assim e muitos outros brasileiros também pensam. É o caso, por exemplo, do ex-ministro Aldo Rebelo, que falou em nosso Seminário dia 10. Ele defendeu a unidade nacional em torno de três vetores: a democracia, a soberania econômica e a defesa dos direitos do povo.
Outro brasileiro muito respeitado, o professor e ex-ministro Bresser-Pereira também tem batido na tecla da unidade nacional em torno de um projeto de desenvolvimento. O professor tem participado de diversos eventos onde divulga manifesto desenvolvimentista, procurando agregar amplos setores da sociedade. Da mesma forma que trouxemos Aldo para tratar do assunto com o Sindicato, estamos pensando em convidar Bresser-Pereira, para um debate com sindicalistas, dirigentes políticos, autoridades e setores empresariais do segmento produtivo.
Observo que o ex-governador cearense e ex-ministro Ciro Gomes também tem feito pregação semelhante. Mais experiente e mais maduro, ele tem chamado todas as forças ativa do País para a construção de um projeto político e econômico capaz de nos tirar do buraco e fazer o País voltar a crescer.
No Brasil de hoje, nenhuma força política ou social tem condições de liderar sozinha um projeto de reorganização nacional e de retomada do crescimento. É hora, portanto, de sermos amplos, chamando a todos. Nem todos virão, mas aí já não será problema de quem chamou e sim de quem se negou a debater e a participar.
Informação – No campo sindical, a tarefa principal hoje é explicar ao trabalhador as maldades da nova legislação trabalhista. Quanto às direções, nosso papel é articular a resistência, para que os direitos conquistados em décadas não sejam devastados pela reforma neoliberal. Nesse sentido, saúdo a Confederação, CNTM, pela iniciativa de agregar nessa luta as entidades metalúrgicas de todo o País.
José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação Sindical da Força Sindical