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Campanha Salarial: o trabalhador não pode ficar com o saldo negativo da crise
terça-feira, 9 de outubro de 2012
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Desde 2008, quando o mundo entrou em crise, o movimento sindical vem buscando mecanismos legais para assegurar a manutenção do emprego e a competitividade das empresas nacionais.
Em realidade, uma parceria que sempre visou o desenvolvimento do Brasil, num todo.
Nesse sentido, lutou junto com os empresários para que o Governo estabelecesse medidas de caráter econômico para reduzir os custos da produção no Brasil.
A redução do IPI, a exemplo, fez com que a indústria automobilística atingisse números recordes de vendas.
Dentre outros setores, o de máquinas também foi beneficiado com redução de impostos, que garantiu a produção nacional e a competitividade do setor. O setor de autopeças, de 2010 para cá, registrou aumento de 176%.
Como se vê, os trabalhadores deram a sua contribuição para o desenvolvimento do Brasil.
Agora, em plena campanha salarial, nós, cerca de 800 mil metalúrgicos do Estado de São Paulo reivindicamos que o setor patronal dê a sua contribuição por meio de um aumento real decente.
Não dá para pensar um país desenvolvido, com cidadania plena, sem que os trabalhadores estejam excluídos desse processo. Não dá para aceitar o argumento de que vivemos sob uma crise eterna.
Os trabalhadores não podem ficar sempre com a conta negativa na luta por um Brasil maior, em sentido amplo.
Portanto, fica o alerta: caso os patrões não apresentem propostas decentes, o movimento sindical já está mobilizado para realizar paralisações em todo Estado.
Claudio Magrão é presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo