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Centrais unidas na luta pelos direitos
quarta-feira, 27 de julho de 2016
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As Centrais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, NCST e CSB realizaram ontem a Assembleia Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras pelo Emprego e Garantia de Direitos e aprovaram um manifesto no qual reafirmam a defesa dos direitos trabalhistas, da Previdência Social e da garantia de emprego.
Essa unidade é primordial para avançarmos nessa luta num momento de tanta incerteza e insegurança, sobretudo para os trabalhadores, que estão sendo punidos pela crise com a perda do emprego e da renda e sendo atacados em seus direitos básicos.
Os presidentes das centrais criticaram os discursos governista e patronal sobre a necessidade de se fazer as reformas trabalhista e previdenciária como se esta fosse a solução dos problemas do país. E apontaram que o governo, por sua vez, não tem uma medida concreta para enfrentar a crise e o desemprego, baixar as taxas de juros, cobrar os sonegadores da Previdência; tirar do caixa da Previdência os pagamentos que não são devidos por ela.
A assembleia também se posicionou contra o setor patronal que, além de querer tirar direitos, defende a ampliação da jornada de trabalho, a prevalência do negociado sobre o legislado, a liberação geral da terceirização.
As Centrais não abrem mão do patamar mínimo legal assegurado pela CLT e pela Constituição de 88.
O manifesto apresenta oito reivindicações voltadas para a retomada do crescimento industrial, o destravamento do setor da construção, redução das taxas de juros, a retomada e ampliação dos investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial a Petrobras e o Pré-Sal; incentivos às políticas de fortalecimento do mercado interno para incrementar os níveis de produção, consumo, emprego, renda e inclusão social, entre outras.
As Centrais também vão realizar o Dia Nacional de Luta pelo Emprego e a Garantia dos Direitos, em 16 de agosto, e não descartaram fazer uma greve geral em defesa dos interesses da classe trabalhadora.
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo