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Centrais unidas na luta são mais fortes que adversários ultraliberais
terça-feira, 2 de agosto de 2016
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Uma cena que há muito não se via se deu em São Paulo, na terça-feira 26 de julho: os seis presidentes de centrais sindicais juntos, fechando uma pauta comum de enfrentamento aos setores ultraliberais do governo e do empresários e, com igual ênfase, articulando ações pela imediata criação de empregos e a superação da crise econômica.
A unidade das seis centrais sindicais – CUT, Força, UGT, Nova Central, CSB e CTB – é uma saudável resposta às provocações que, dia sim, dia sim, pululam em círculos de poder, na mídia e, em consequência, ocupam o debate nacional. O arco de ideias esdrúxulas vai desde a jornada de trabalho de 80 horas semanais, insinuada pelo presidente da CNI, Robson Andrade, até propostas contraditórias e desencontradas sobre o que o governo quer da propalada reforma da Previdência.
PROPOSTAS FACTÍVEIS E DE FÁCIL COMPREENSÃO
Nesse ambiente, as centrais têm conseguido se impor com propostas coerentes e factíveis, além de serem de fácil entendimento pela população. É o caso da sugestão de cobrança sobre grandes devedores previdenciários e entidades chamadas filantrópicas, capaz de render cerca de R$ 50 bilhões e, assim, evitar a necessidade de cortes em aposentadorias e benefícios.
A partir da ação unitária das centrais, igualmente ganhará força o estratégico plano de renovação da frota automotiva, que, como acontece em outros países, tem o feitio adequado para reativar a cadeia produtiva mais emblemática da economia nacional.
Outro ponto defendido pelas entidades dos trabalhadores é o do fortalecimento dos investimentos e infraestrutura e na construção civil, habitacional e pesada, também como forma de alavancar com rapidez a economia e gerar empregos em grande quantidade.
AÇÃO COORDENADA
Com o sentido de realinhar os parâmetros do debate sobre a superação da crise e, com este fim, aumentar o poder de pressão dos trabalhadores sobre o governo, o empresariado e o Congresso, as seis centrais estão agindo coordenadamente. Com essa estratégia, não apenas resistiremos aos ataques ultraliberais e anti-trabalhistas, como iremos impor nossa voz, em uníssono, entre as que, com a responsabilidade que a delicada quadra da vida nacional exige, efetivamente buscam o melhor para o nosso país e a nossa gente.
Os trabalhadores não temos nos furtado ao debate, bem ao contrário. O que estamos dizendo ao Brasil é que passamos a participar dele mais unidos do que antes. Nas partidas decisivas que nos esperam, iremos jogar juntos, superando diferenças e acentuando semelhanças. É a aplicação, na prática, do correto conceito de unidade na luta. Que perdure e prospere.
Sergio Luiz Leite, Serginho, é presidente da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo), sendo também 1º Secretário da Força Sindical e membro do Conselho Deliberativo do FAT/MTE