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Chegou a hora de acabar com o fator previdenciário
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
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Passadas as eleições municipais, as representações de trabalhadores em todo o País devem intensificar as pressões sobre o Congresso Nacional, para que alcancemos definitivamente o fim do fator previdenciário. Tivemos, inclusive, o compromisso do presidente da Câmara Federal, Marcos Maia (PT-RS) de que o PL 3.299/08 entrará na pauta após 28 de outubro, data do segundo turno das eleições.
Definido como caráter de urgência desde abril deste ano, o Projeto de Lei não extingue o fator previdenciário, mas o substitui pelo fator 85/95. Em condições normais, se o trabalhador não for penalizado por períodos de desemprego, com o fator 85/95, as mulheres devem se aposentar com a soma da idade e tempo de contribuição ao INSS que totalize 85 anos. Esta soma deve totalizar 95 para a aposentadoria integral dos homens.
As discussões sobre tempo de contribuições devem conter variáveis que prevejam elevação de aposentadorias por maior tempo de contribuição, ou seja, 2% a mais para cada ano que o trabalhador completar além dos 85/95 e, ao mesmo tempo, um redutor de 2% para cada ano que falte para atingir os 85 anos para mulheres e 95 para homens. Esta seria a regra justa. Aposentadorias maiores para quem contribui mais e por mais tempo e redutor para antecipações do benefício.
Devemos registrar que a definição de regras justas e estáveis para a aposentadoria é essencial para o planejamento de vida de qualquer trabalhador, para que não incorra em graves prejuízos, como vem acontecendo com as precipitações ao requerer o direito, sendo duramente penalizados pelo atual modelo do fator previdenciário.
O governo federal, em sua declarada luta contra a miséria, deve entender a emergência do fim do fator previdenciário como verdadeira tragédia sobre o direito previdenciário dos trabalhadores, justamente quando perde sua força de trabalho e necessita cobrir gastos com remédios, muitas vezes, para curar enfermidades adquiridas em atividades profissionais insalubres, perigosas e penosas.
Aguardamos a votação urgente na Câmara Federal para que possamos comemorar uma grave reparação de uma das maiores injustiças que foi cometida sobre a sociedade brasileira.
Rogério Fernandes – Presidente da Força Sindical de Minas Gerais