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China e Brasil: dados e números do setor químico e no campo trabalhista e econômico
terça-feira, 23 de setembro de 2014
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stamos realizando uma visita à China, eu e o companheiro Nilton Neco, secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, Nilton Neco, para participar do "International Forum on Economic Globalization and Trade Unions 2014”, evento promovido pela Federação Sindical Pan-Chinesa (FSPC), que aborda uma série de questões referentes a globalização econômica e o movimento sindical.
Para podermos exemplificar algumas importantes comparações que estamos discutindo, podemos citar que atualmente somos mais 201 milhões de brasileiros, já a China é composta por mais de 1,36 bilhão de habitantes, ou seja, quase 1/5 da população da Terra.
Os dados econômicos referentes aos dois países indicam que o Brasil possui uma taxa de crescimento trimestral (PIB) de 0,60%, enquanto que o da China é de 7,40%. Já em relação a taxa de juros, a nossa é de 11%, enquanto que a deles fica em torno de 6%. Quanto à inflação, a taxa no Brasil gira em torno de 6,51%, e na China ela fica em 2,20%.
O desemprego no Brasil está em 4, 9% e na China ele é de 4,1%. Temos uma Dívida Pública, em relação ao PIB, de 56,8%, a deles é de 22,4%. Quanto ao câmbio, nosso real está para US$ 2,41, enquanto a moeda chinesa fica em US$ 6,06.
No setor industrial temos um faturamento de 166 bilhões de dólares, sendo a 6ª economia no ranking mundial, onde a China figura em 1º lugar, com 1,26 trilhão de dólares. Na china a indústria química representa 10% do PIB, sendo a terceira com mais expressão desse país, perdendo apenas para o setor têxtil e o de maquinaria.
A China é também o segundo maior "consumidor" de produtos de químicos a nível mundial, sendo responsável por 35-40% do aumento da procura mundial de produtos químicos. Um consumo significativo que está diretamente ligado ao fato do país depender fortemente da importação de produtos químicos. Uma dependência que expõe o país à oscilação dos preços nos mercados internacionais, processo este que se deve à crescente procura por matérias-primas.
Frente às questões ambientais e de saúde e segurança, nos últimos anos, a China vem adotando uma crescente política de incentivo à medidas efetivas frente a fiscalização e prevenção de riscos, e de prevenção de acidentes ambientais.
No campo sindical, os sindicatos chineses, representados pela Federação Sindical Pan-Chinesa (FSPC), possuem um forte reconhecimento do governo. Nesse sentido, podemos constatar um franco crescimento do número de trabalhadores sindicalizados, sendo que parte considerável das empresas de capital externo no país, hoje, contam com trabalhadores sindicalizados.
O Brasil e a China, juntos com a Rússia, Índia e África do Sul, também integram o BRICS, um grupo dos países que mais crescem no planeta, e que são detentores de mais de 21% do PIB mundial, representando mais de 42% da população mundial. Sendo que no campo sindical, nossos esforços estão voltados para que os trabalhadores também estejam representados nesse importante grupo geopolítico e econômico, nesse sentido, entendemos que a presença dos representantes da classe trabalhadora é de suma importância nas discussões referentes ao desenvolvimento dessas nações.
Com o otimismo de que possamos somar experiências e conhecimentos positivos, reiteramos aqui o nosso empenho nas demandas referentes às questões trabalhistas e sindicais que integram os trabalhadores e o movimento sindical de todo o mundo, na luta pela valorização do trabalho decente e de solidariedade global.
Como representantes do movimento sindical brasileiro, os Químicos da Força fazem questão de saudar a classe trabalhadora chinesa, em nome toda classe laboral internacional.
Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical