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Construção civil voando em céu de brigadeiro
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
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O que nós, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo, esperamos, é que o panorama econômico e social altamente positivo do setor nos últimos anos se reflita na melhoria de qualidade de vida da categoria, com salários mais justos e dignidade nos canteiros.
Dizemos isso ao constatar que a indústria da construção civil vai crescer nada menos do que 11% este ano e superar a previsão de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) setorial feita pelo próprio segmento, conforme estudo do SindusCon-SP, o sindicato patronal.
Vale ressaltar, desse estudo, o que nós trabalhadores, já vínhamos prevendo, ou seja, que o índice de crescimento do setor será o maior dos últimos 20 anos, cerca de três pontos percentuais acima da estimativa original. Um crescimento recorde que permite dizer: A Construção Civil foi determinante para que o nosso País rapidamente contornasse os problemas advindos da crise econômica internacional de 2009.
O resultado é consequência, principalmente, da expansão do crédito e dos investimentos em infraestrutura.
Só o crédito habitacional, segundo dados oficiais, deve fechar o ano com mais de R$ 70 bilhões ofertados, ante cerca de R$ 55 bilhões em 2009.
Já as obras de infraestrutura são, em grande parte, iniciativas do Poder Público. Iniciativas devidamente alicerçadas pelo período eleitoral, que nelas teve grande impacto.
O desempenho recorde da construção civil impulsiona também a geração de empregos no setor. E aí, mais uma vez, cabe-nos ressaltar que, mesmo nos piores momentos da economia, o Sindicato dos Trabalhadores sempre procurou traquilizar a categoria e afirmar, em alto e bom som, que jamais faltaria empregabilidade num setor que, sozinho, responde por 16% do PIB – Produto Interno Bruto – do Brasil.
Dito e feito. O SindusCon-SP estima que 350 mil empregos formais serão gerados na construção civil até o fim desse ano.
Só entre janeiro e outubro, o número de empregos abertos pelo setor foi 15,1% maior que o do mesmo período do ano passado.
É esse o cenário, ainda mais positivo quando se sabe da demanda a ser imposta pela realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
Nunca antes o trabalhador da Construção Civil foi tão requisitado. Deve, portanto, receber salário equivalente ao que vem representando para o progresso da Nação. Por isso lutamos.
Antonio de Sousa Ramalho
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo e Vice-Presidente da Executiva Nacional da Força Sindical.