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Cortar investimentos na saúde é agravar problemas
quarta-feira, 29 de junho de 2016
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Os defensores de corte nas verbas da saúde, que pregam restrições à abrangência do SUS, estão na contramão de atitudes concretas para a tão necessária melhoria dos problemas estruturais que afetam o atendimento à saúde da população e ao próprio crescimento da economia. Os mais carentes e mais frágeis na cadeia social serão sempre os mais afetados por qualquer redução do investimento na plataforma da saúde pública e no sistema universal.
Estudiosos do assunto argumentam que a redução de gastos com a saúde, quando aplicada para justificar cortes no orçamento do governo resultam em catástrofes. Nos casos avaliados constatou-se um aumento no risco real de mais mortes, surtos de infecções como HIV, hepatites e até mesmo o retorno de doenças erradicadas, como a malária, aumento dos índices de alcoolismo e outros problemas.
Os especialistas na questão acreditam que, mesmo quando existe uma necessidade premente de cortes, proteger as áreas da saúde e educação representa um bom negócio, pois são formas de investir na recuperação da economia com ganhos sociais. O Sistema Único de Saúde, por exemplo, é uma plataforma de investimentos que sustenta hoje 12 milhões de empregos, além de atender a maior parcela dos cidadãos de nosso País. Apenas 25% da população brasileira tem plano de saúde.
O New Deal, programa implantado nos EUA para combater a Grande Depressão de 1929, é um dos exemplos clássicos de investimentos feitos pelo governo em hospitais e escolas visando à recuperação econômica e crescimento rápido. De qualquer forma, parece consistente a tese de que investir em bem estar e saúde é uma boa opção nesse momento de crise e não o contrário, com já advogou o atual ministro da Saúde Ricardo Barros.
O SinSaudeSP acredita que o caminho para a crise na saúde é incrementar os investimentos, aperfeiçoar a gestão e incluir políticas que favoreçam a prevenção, visando o envelhecimento da população. Uma luta que o Sindicato abraça com diversas ações, entre elas a defesa e a participação no movimento Saúde + 10, que propõe a destinação de 10% das receitas correntes brutas da União em ações e serviços de saúde de natureza pública. Saúde integral, universal e com dignidade para todos!
José Lião de Almeida, presidente do Sinsaude-SP