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Crianças na escola e longe do trabalho
terça-feira, 10 de junho de 2008
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Neste 12 de junho, o Brasil estará entre as dezenas de países que vão se somar à OIT (Organização Internacional do Trabalho) em atividades para marcar o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Neste ano, o movimento pela erradicação do trabalho infantil reivindica mais educação para as crianças, como chave contra essa prática.
Em São Paulo, a Secretaria Nacional de Políticas para a Criança e o Adolescente da Força Sindical (Seccriança) vai realizar uma grande passeata da Praça da República até a Catedral da Sé, onde haverá uma missa para lembrar todas as crianças vítimas dos danos provocados pelo trabalho infantil. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2006, 1,4 milhão de crianças com idade entre 5 e 13 anos trabalhavam.
Na manifestação, vamos procurar mostrar à população os danos provocados pelo trabalho infantil, que no Brasil atinge 1,4 milhão de crianças com idade entre 5 e 13 anos, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2006.
Um dos grandes danos são justamente os anos de estudo roubados de meninos e meninas que têm que trabalhar para ajudar a sustentar suas famílias. Em 2006, 28% das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade ocupados não tinham instrução ou tinham menos de um ano de estudo; percentual maior que o dos não-ocupados (15,7%). Enquanto o percentual dos ocupados com 8 a 10 anos de estudo (10,0%) era inferior ao dos não-ocupados (14,2%).
Mas queremos mais que mostrar tais estatísticas à população, queremos que cada brasileiro se some à luta contra o trabalho infantil, supere a visão errônea de que ‘criança é melhor trabalhando que roubando’, que nos ajude a cobrar das autoridades providências para que os pais das crianças pobres deste país tenham condições de sustentar suas famílias para que seus filhos possam ir à escola, brincar, enfim, serem crianças.
Essa data também é uma forma de chamar outras entidades para essa luta, para que criem ações que contribuam para a prevenção e erradicação do trabalho infantil. Queremos que mais entidades se juntem às iniciativas como as criadas pelos sindicatos filiados à Força Sindical, que com ações como a Associação Eremim, Meu Guri, Meu Futuro dão uma importante contribuição para que centenas de crianças e adolescentes mudem o curso de suas histórias.
* Secretária Nacional de Políticas para a Criança e o Adolescente da Força Sindical e diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região