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Curto e grosso
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
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Quando a vontade é firme e esclarecida as palavras são poucas, mas têm uma ressonância especial.
Nas vésperas das grandes manifestações unitárias que realizarão os presidentes das cinco maiores centrais sindicais assinaram e divulgaram a seguinte nota oficial:
“As Centrais Sindicais abaixo assinadas reiteram sua posição de não aceitar qualquer proposta ou negociação que vise retirar direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora ou precarizar ainda mais as relações de trabalho.”
“É com este intuito que conclamam suas bases a participarem do ato que realizarão, em todas as capitais do País, no dia 16 de agosto, em defesa dos direitos da classe trabalhadora.”
“NEM UM DIREITO A MENOS!”
A bandeira unitária está erguida e é preciso que todos os braços a empunhem. O esforço pela unidade, pela coesão, deve ser feito até a exaustão, sem esmorecimento. Cada dirigente deve ser um verdadeiro estadista sindical batalhando inteligentemente pela unidade.
Já sabemos que o governo interino, embora tenha a intenção de cumprir a agenda neoliberal e seja açulado a isto pelos rentistas e aproveitadores, não consegue agir de maneira monolítica e coerente. São também as contradições fortes dentro da heterogênea coalizão governante que possibilitam que se resista de maneira consequente, com vitórias momentâneas e recuos espetaculares dos agentes governamentais.
Exatamente por isso, para aprofundar as contradições deles e resistir efetivamente, é que o movimento sindical deve apresentar uma frente unida, forte, coesa e consequente.
As brechas na carapaça do governo não devem ocasionar, nem justificar, pelo contrário, fissuras na frente sindical; muito menos as pequenas divergências e as disputas de campanário.
A nota das cinco centrais demonstrou, com economia de palavras, a firmeza unitária. Trata-se de reforçá-la com mais empenho unitário e disposição continuada de luta. Curto e grosso.
João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical