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Demandas, debates e encaminhamentos – Valorizar o diálogo
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
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por João Carlos Gonçalves (Juruna)
Ruth Coelho
Ao lado de outros companheiros do movimento sindical, fomos convidados a participar do amplo Conselho que deverá ser, na gestão Michel Temer, um modelo bem mais promissor do “Conselhão”, criado e ativado pelo ex-presidente Lula e, infelizmente, esvaziado e esquecido durante o governo Dilma Rousseff.
Ao propor a recriação do Conselhão, o governo Temer parte, de forma correta, da premissa que o debate é um dos pilares da democracia. E formar um grupo tão heterogêneo, com representantes de todos os segmentos da sociedade, torna-se um importante espaço para pensarmos, debatermos e propormos, conjuntamente, propostas de sejam do interesse do País.
Aceitamos participar, o que em nada representa adesão à nova ordem política estabelecida no Brasil. No Conselho, seremos um instrumento de fortalecimento da luta dos trabalhadores. Vamos nos empenhar em ouvir as demandas, dialogar democraticamente com nossos pares, propor soluções e lutar intensamente pelo encaminhamento das proposições que atendam aos anseios da classe trabalhadora.
Neste sentido, o chamado a representações de trabalhadores aponta, ao mesmo tempo, para um espaço aberto, um espaço a ser conquistado. Em benefício do diálogo vale, sem dúvida, participar. E, uma vez lá, caberá a cada um dos conselheiros propor pautas, manifestar incômodos, registrar convergências e atingir o estágio em que o diálogo se transforma em ação.
Um Brasil no qual os agentes sociais, de todos os escalões, não conversem entre si, não interessa aos trabalhadores. Mesmo nestes tempos de ataques às legislações trabalhista e previdenciária, vindos de várias frentes, o diálogo tem conseguido barrar excessos, aprofundar reflexões e projetar soluções negociadas.
Estaremos, portanto, como dirigentes sindicais, exercendo o que consideramos um espaço importante para o Brasil, neste momento em que as crises política e econômica prosseguem: o diálogo, sério e exaustivo, para encontrarmos saídas visando o crescimento do emprego e da renda dos trabalhadores.
João Carlos Gonçalves, Juruna, 63, é metalúrgico e secretário-geral da Força Sindical
Ruth Coelho, 60, é secretária de Cidadania e Direitos Humanos da Força Sindical