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Desenvolvimento, juros baixos e emprego
quarta-feira, 12 de julho de 2017
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Os consecutivos equívocos cometidos pelo governo nos últimos anos na condução da política econômica do País alimentaram uma crise sem precedentes em nossa história recente.
A estratégia de elevar os juros até não poder mais, com a desculpa de conter a inflação, e depois promover uma redução “conta-gotas”, mantendo os juros ainda na casa dos dois dígitos, é abrir a porteira para que o desemprego avance a passos largos sobre a classe trabalhadora. É pôr em risco o maior patrimônio da nossa economia, que é o emprego. É mais um retrocesso econômico.
Na verdade, o que precisamos é diminuir o custo de se produzir em nosso País e incentivar investimentos que favoreçam a oferta e a concorrência. Com os juros nas alturas, eventuais investidores optam por se manter no mercado financeiro, e não em investir na produção.
O desemprego no Brasil já ultrapassa a casa dos 14 milhões de desempregados diretos. Levando-se em conta que cada uma dessas pessoas tem família, cônjuge, filhos etc., quantos milhões de pessoas o desemprego deve afetar na totalidade? Impossível mensurar.
A luta da Força Sindical, das demais centrais, do conjunto dos trabalhadores e de toda a sociedade é por juros em níveis aceitáveis e por melhores condições para a geração de emprego, renda e desenvolvimento.
Os frequentes equívocos do governo anteriormente citados deixam claro que o modelo atual secou. Não deu frutos e secou! Para que o País retome o seu crescimento econômico, com justiça social e emprego para todos, faz-se necessária a abertura de um canal de diálogo com os representantes dos trabalhadores e demais setores da sociedade.
Precisamos, com a máxima urgência, de um modelo novo, uma nova política econômica que reduza drasticamente os juros, que valorize o controle do gasto público, que priorize a indústria nacional fomentando o retorno dos investimentos no setor produtivo, que gere novos postos de trabalho e renda, que traga confiança e alento a esse enorme e assustador contingente de trabalhadores impossibilitados de manter o sustento dos seus.
João Carlos Gonçalves – Juruna
Secretário-geral da Força Sindical e vice-presidente dos Metalúrgicos de São Paulo