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Dia 10 de agosto, oportunidade para dizer “Chega” de desemprego, da nova lei trabalhista e da reforma da Previdência*
segunda-feira, 16 de julho de 2018
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As centrais sindicais escolheram 10 de agosto como Dia Nacional de Mobilização para dar um basta no desemprego, na nova lei trabalhista e na reforma da Previdência. A ação é oportuna porque é preciso dizer “Chega” para a situação cruel que os 13,1 milhões de desempregados enfrentam.
Trabalhadores da Alimentação estão inseguros quanto ao futuro. No início deste mês, funcionários da linha de frango da BRF em SC aprovaram suspensão de contrato de trabalho por cinco meses, o chamado layoff, que entrará em vigor dia 29 de agosto e envolve 1.400 trabalhadores.
Nesse período, eles vão receber bolsa-auxílio no valor de 80% do salário, paga pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), de acordo com nossos companheiros do Sitracarnes (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Chapecó).
A BRF está reestruturando suas atividades e anunciou no final de junho que quer vender R$ 5 bilhões em ativos. Dona das marcas Sadia e Perdigão, a BRF havia informado em 20 de junho que havia concedido férias coletivas de trinta dias aos funcionários da unidade em Chapecó, em consequência do impacto da paralisação dos caminhoneiros.
Crescimento econômico
Nós, trabalhadores, entendemos que a melhor solução é a queda dos juros e investimentos na produção (e não no mercado especulativo) para abrir vagas de trabalho. Já sofremos com inúmeras recessões neste País e, em todas elas, o movimento sindical teve um papel importante de lutar por políticas compensatórias. E conquistaram, em alguns governos, políticas públicas para amenizar a situação, como por exemplo trabalhadores que eram contratatos para o setor da construção civil, como obras em estradas vicinais e impulso na agricultura, entre outros.
Hoje, quem perde o emprego demora quase um ano para voltar ao mercado de trabalho e, o mais grave, não se tem esperança de quando as coisas mudarão. Os governos – federal, estaduais e municipais – precisam adotar medidas compensatórias para amenizar a situação dos desempregados. Não dá para esperar o fim do processo eleitoral.
Em ações como esta no dia 10 de agosto teremos a oportunidade de mostrar para a sociedade todas as dificuldades que os trabalhadores enfrentam, e que a nova lei trabalhista gerou muito mais empregos informais e intermitentes. Devemos lutar por salários dignos, carteira assinada e pela manutenção dos direitos.
Antonio Vítor
Presidente da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo)
*Participou Neuza Barbosa de Lima, vice-presidente da Federação