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Dia 11: falam os trabalhadores
quinta-feira, 4 de julho de 2013
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No próximo dia 11, o movimento sindical fará uma grande manifestação, em todo o País. Chamado por todas as Centrais Sindicais, de forma unitária, o ato reafirma a Pauta Trabalhista, aprovada na Conclat em 2010.
Essa pauta tem como itens principais a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim do Fator Previdenciário (que atrasa aposentadorias e achata proventos), o fim das demissões imotivadas (para evitar a brutal rotatividade da mão de obra) e, ainda, o combate ao projeto de lei que libera as terceirizações, de forma selvagem e abusiva.
Mas nossa pauta está travada. O sindicalismo, mesmo depois de ter feito a 7ª Marcha a Brasília, mobilizando mais de 50 mil trabalhadores, constata uma imensa má vontade do governo e do Congresso Nacional em debater e colocar em votação matérias de interesse dos trabalhadores.
Outros – Por integrar o movimento social, o movimento sindical também encampa importantes reivindicações populares. Já na Marcha a Brasília, em março, pedíamos 10% do PIB na Educação, 10% do Orçamento da União na Saúde e serviços públicos de qualidade.
Essa unidade com o movimento popular é antiga. A história registra o sindicalismo sempre atuante nos momentos cruciais. A presença sindical é reconhecida, por exemplo, na luta pelo fim da Segunda Guerra e na jornada ‘O petróleo é nosso’, ainda nos anos 50, em prol da criação da Petrobras. Tanto é verdade que uma das reivindicações fortes do sindicalismo atual pede a suspensão dos leilões do pré-sal, que, a nosso ver, favorecem a desnacionalização.
Forma – Muitos querem saber qual será a forma do movimento em 11 de julho. Eu digo que ele terá muitas formas, variando conforme a categoria profissional, a região do País e as condições efetivas das entidades sindicais. Podem ser paralisações, podem ser protestos, podem ser atos públicos, e assim por diante.
Pacífico – Os trabalhadores formam um destacamento organizado e combativo da sociedade. Esse espírito combativo, no entanto, não tem um caráter agressivo. Ao contrário. As manifestações da classe trabalhadora ocorrem de forma organizada e pacífica.
Local – Em Guarulhos, haverá paralisações em fábricas e em outros locais de trabalho, a partir das 5h30. Ocorrerá concentração nas proximidades do Shopping Internacional. Os metalúrgicos estarão lá, na linha de frente, com outras categorias. O que queremos, com nossa luta, é respeito, direitos e avanços sociais.
José Pereira dos Santos é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos