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Dia das mães: Mulher, mãe, trabalhadora e militante
segunda-feira, 6 de maio de 2013
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Rendem-se homenagens às mães em todo mundo, em datas diferentes, desde tempos remotos, na Grécia antiga, na entrada da primavera, prestavam-se homenagens, a Reia, mãe dos deuses; os trabalhadores ingleses da idade media que moravam longe de suas famílias, ganhavam um domingo ao ano para ver suas mães. Em Países como o Brasil, Estados Unidos, Japão, Turquia e Itália comemoram-se no segundo domingo de maio e tronou-se praxe, também, presenteá-las. A primeira comemoração oficial ocorreu nos Estados Unidos em 9 de maio de 1914, e, contrariando a percepção dos dias de hoje, não foi o comércio o idealizador do evento.
No Brasil, a comemoração foi instituída em Porto Alegre no Rio Grande do Sul, pela Associação Crista de Moços, em 1918, mas a nacionalização só ocorreu em 1932, no governo de Getúlio Vargas. Também o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro introduziu a data em 1947 no calendário católico. No Brasil, assim como nos Estados Unidos, a comercialização se dá com o passar dos tempos, as primeiras homenagens tinham fundamentos saudosistas e afetuosos de filhas e filhos para com suas mães vivas ou falecidas.
As primeiras propagandas no Brasil, com o objetivo de alavancar as vendas e transformar a data em uma oportunidade impetuosa para o comércio foi orquestrada pela agencia Standard, em maio de 1948, com o apoio da Associação Comercial e o Sindicato dos Lojistas de São Paulo. Desde então no segundo domingo de maio, mães recebem afetos acompanhados de presentes em todas as camadas sociais. Este evento, além de ocupar os primeiros lugares no ranque de vendas, é também responsável pelo crescimento da produção e da oferta de empregos temporários.
No entanto, com ou sem presentes, entendo e almejo que as demais relações desenvolvidas pelos indivíduos, alcancem a intensidade do amor de mãe. Pois, o ser mãe é ultrapassar o significado do dicionário, à mãe não basta dar o alimento, o vestir, levar ao medico, fazer a lição de casa, preparar as festas; a mãe lida com dores de barriga, de dente, de manha, do primeiro tombo, da primeira paixão, da partida sem horas pra voltar. A mãe se dá o direito de imbuir-se com prazer ainda que sinta dor com tudo que constrói este outro que – carinhosa ou brava chama de filho.
Maria Euzilene Nogueira (Leninha)
DIRETORA DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃO PAULO E MOGI DAS CRUZES, E DA FORÇA SINDICAL NACIONAL.