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Dia Mundial da Alimentação
terça-feira, 16 de outubro de 2012
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E os números da Organização de Alimentação e Agricultura da ONU (FAO) mostram que o mundo tem muito que caminhar para acabar com a fome que hoje atinge 852 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento e 16 milhões de subnutridos nos países desenvolvidos.
No Dia Mundial da Alimentação, comemorado mundialmente no dia 16 de outubro, temos de destacar que o número de famintos é muito alto. O objetivo do Dia Mundial da Alimentação é conscientizar o conjunto da humanidade sobre a difícil situação que enfrentam as pessoas que passam fome e estão desnutridas, e promover em todo o mundo a participação da população na luta contra a fome.
A fome não só corta a vida e as esperanças dos indivíduos, como também prejudica a paz e a prosperidade das nações exigindo medidas urgentes a serem tomadas em muitas frentes, não apenas para fornecer alimentos para os famintos, mas também para eliminar as causas subjacentes da fome no mundo – rapidamente, de forma sustentável e permanente.
No Dia Mundial da Alimentação, celebrado todo dia 16 de outubro, mais de 180 países organizam atividades e se mobilizam a fim de reduzir a fome. No documento ‘O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012”, a FAO considera que um forte crescimento econômico vai ser um componente essencial para a redução da fome de maneira sustentável e bem-sucedida’.
O relatório da FAO afirma também que o Brasil conseguiu reduzir o percentual de subnutridos de 14,9%, no período de 1990 a 1992, para 6,9%, nos anos de 2010 a 2012. No país, cerca de 13 milhões de pessoas passam fome ou sofrem com desnutrição.
O documento afirma que a Ásia é o continente que lidera na quantidade de pessoas subnutridas e houve um aumento na África.
Nós trabalhadores brasileiros, especialmente da alimentação, lutamos muito contra a fome em várias frentes porque, na nossa visão, não basta apenas o crescimento econômico: buscamos a geração de empregos e os aumentos reais de salários, além da melhor distribuição de renda.
Destaco também que como trabalhadores do ramo da alimentação somos parte da corrente responsável pela alimentação dos povos e disso nos orgulhamos.
O Brasil é o grande celeiro de alimentos com capacidade suficiente para suprir as necessidades de toda a população. Para acabar com a forma arcaica de exploração da terra que ainda é praticada em vários estados é preciso pensar uma política mais séria de produção de alimentos e mais do que isto, um mecanismo que afaste o intermediário e possibilite a produção segura pelos pequenos lavradores e assim o barateamento dos produtos alimentícios.
O Brasil não deve ser apenas o exportador de alimentos mas também aparelhar-se para sua industrialização. Nesta linha a indústria da alimentação deve ser priorizada, modernizada e protegida. Não significa isto a proteção do dono da terra ou do dono da indústria de alimentos mas principalmente do pequeno produtor, dos homens que de fato trabalham na terra e daqueles que se ativam na industrialização de alimentos.
Por todos estes motivos, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins do Estado de São Paulo une sua voz as vozes de todas as organizações de classe dos trabalhadores da alimentação para saudá-los e proclamar sua fé no futuro e no combate efetivo da fome que compromete o futuro da humanidade.
Melquiades de Araújo, presidente da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de S. Paulo)