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Dia Mundial de Saúde – reflexão sobre o panorama atual
sexta-feira, 4 de abril de 2014
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O dia 07 de abril foi escolhido como o DIA MUNDIAL DA SAÚDE.
Criado pela Organização Mundial da Saúde, em 1948, a data tem como finalidade lembrar os princípios básicos para a manutenção da Saúde Integral. Embora date de tão longo tempo, há uma grande defasagem entre o ideal sobre a Saúde desejável e a Saúde existente nos dias de hoje.
A preocupação com isso é uma freqüente, mas a execução de políticas públicas deixa muito a desejar.
Não se pode ter saúde se não há um adequado saneamento básico. Não se pode ter saúde sem salário compatível para a aquisição dos itens mínimos necessários para alimentação saudável. Isto sem falar da importância da moradia decente, da assistência médica adequada e hoje tão precarizada, do lazer, e de outras questões sabidamente importantes para o que a Organização Mundial de Saúde preconiza.
Como representante de trabalhadores, vou além nesses comentários, porque o cenário do mundo do trabalho está bem preocupante, sobretudo quando o tema é a garantia da saúde de quem é o grande responsável pelas realizações dos produtos que a sociedade necessita e consome. São os trabalhadores, esses operários invisíveis, que adoecem muitas vezes quando estão laborando para melhorar a saúde dos outros.
Questiona-se no momento, o pedido de revogação, pelo setor patronal, de uma Norma regulamentadora em que, se aplicada como está, reduziria o número de acidentes, doenças e mortes de trabalhadores. É a NR-12 que trata sobre segurança em máquinas e equipamentos. Se isto acontecer, se ela for revogada, outras normas também poderão ser e ocorrerá o fim da Proteção à Saúde dos Trabalhadores.
Vale ressaltar que ela foi discutida amplamente por empresários, trabalhadores e governo. Entretanto, o setor patronal quer agora que ela seja revogada, com alegação de custos financeiros!
Ora, e custo social do adoecimento? E o custo dos dedos perdidos, braços amputados, mortes decorrentes de máquinas inadequadas?
Aonde se quer chegar com propostas de revogação de Normas de Segurança?
Nada contra o lucro, desde que esse lucro não traga prejuízos à Saúde dos Trabalhadores.
Saúde não se adquire por meio de discursos. Saúde exige ações bem planejadas, executadas e isso requer consciência e responsabilidade.
Que no Dia Mundial da Saúde, pensemos sobre isso!
João Donizetti Scaboli,diretor do Departamento de Saúde do Trabalhador da FEQUIMFAR