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Dura realidade para o movimento sindical
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
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O movimento sindical brasileiro (centrais, confederações, federações, sindicatos, associações, fóruns…) precisa ser mais competente na luta em defesa das grandes questões nacionais que passam pelo Congresso Nacional. A crítica se deve ao fato de que ali, no Parlamento, a maioria dos deputados e senadores é patronal. Ou seja, eles lutam com garras e dentes em defesa dos interesses do empresariado brasileiro, aqueles que financiam suas campanhas eleitorais.
Esses mesmos deputados e senadores viram as costas para aqueles que os elegeram, ou seja, o povo trabalhador brasileiro.
Então, a pergunta é: até quando ficaremos brigando na ponta? Mendigando apoio de gabinete em gabinete mesmo sabendo que não teremos, de forma alguma, o apoio suficiente dos parlamentares da Câmara ou do Senado?
E para que ninguém duvide sobre “maioria patronal”, dados recentes do Diap apontam que 473 dos 513 deputados federais são patronais. Ou seja, só aprovam aquilo que o empresariado deseja e os projetos de interesse dos trabalhadores brasileiros estão muito longe sequer de entrarem em pauta.
Esta semana, nós de Mato Grosso do Sul, dezenas de sindicalistas, sentimos na pele o problema quando estivemos em Brasília procurando fazer ‘lobby’ em torno de algumas matérias de interesse dos trabalhadores brasileiros. Vimos, por exemplo, como algumas propostas do senador Paulo Paim (PT/RS) e que são de nosso interesse, estão assim: longe sequer de entrarem na pauta por falta de apoio de outras forças políticas.
Diante de quadros como esse podemos afirmar categoricamente que a culpa é nossa. De nós sindicalistas e do trabalhador brasileiro que não está lutando direito na defesa de seus interesses. Se não mostrarmos as nossas garras e não urrarmos em Brasília para assustar a todos, não seremos ouvidos, não teremos voz, não teremos nossos projetos sequer colocados em pauta.
O momento de brigar, de se impor, de cobrar e de armar estratégias diante do tabuleiro das próximas eleições, é agora. O momento é e sempre será o Agora. Vamos nos unir e trabalhar mais e de maneira inteligente para conquistarmos nosso merecido espaço nesse contexto político nacional.
Avante Movimento Sindical Brasileiro!
Pois DEUS abençoa nossa justa causa!
Estevão Rocha dos Santos é vice-presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul; diretor da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS e presidente do Seaac/MS.