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Eleições para valer
terça-feira, 17 de agosto de 2010
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Agora, começa para valer a campanha eleitoral, com o horário gratuito. Aquilo que era iniciativas e preocupações para políticos e militantes, para partidos e organizações e para leitores de jornais e formadores de opinião passa a ser presente no cotidiano de milhões de brasileiros que deverão votar em 3 de outubro.
A campanha presidencial já está polarizada entre Dilma e Serra, com vantagem forte nas pesquisas da candidata de Lula (que, apesar do prestígio, obedeceu à Constituição e não disputa um terceiro mandato). Como os fatores estruturantes beneficiam a candidata, pode ser que a campanha gratuita acelere sua aceitação e ela vença no primeiro turno.
As diferentes campanhas para os governos estaduais agrupam candidaturas influenciadas pela polarização da disputa presidencial, mas refletem fortemente os diversos quadros regionais com composições políticas as mais diversificadas facilitadas pela não verticalização das campanhas.
Situação semelhante acontece nas eleições para senadores, que misturam as características de eleições legislativas e majoritárias. Em cada Estado serão eleitos dois senadores o que ocasiona a possibilidade de resultados que combinem uma ou outra corrente de votos.
Somente agora as eleições para os legislativos (federal e estaduais) começam a se materializar na comunicação e nas preocupações dos eleitores. Cada partido ao buscar o maior número de votos para si e seus candidatos já aplica, de uma maneira ou de outra, o princípio da “lista partidária”, como a estratégia da escolha de números bonitos e memorizáveis e a exposição diferenciada na propaganda gratuita. As futuras bancadas partidárias terão peso decisivo como um dos polos de poder na organização do futuro governo. Portanto, as eleições legislativas são tão importantes quanto às eleições para os cargos executivos.
O movimento sindical, em sua esmagadora maioria, apóia publicamente a candidatura Dilma (como aconteceu na Casa de Portugal na terça-feira, dia 17 de agosto, com as mulheres de todas as centrais) e tem apresentado sua plataforma unitária de reivindicações e algumas candidaturas a cargos legislativos de origem sindical, ajudando com isto à sociedade e aos partidos.
É o futuro do Brasil que se decide.
João Guilherme, consultor sindical