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Empresários, com apoio da Federação patronal, lutam para extinguir jornada 12 x 36 dos vigilantes
quarta-feira, 29 de julho de 2015
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Com o intuito de se isentarem da obrigação do pagamento de direitos e do respeito aos intervalos de trabalho, empresários articulam golpe contra os vigilantes para acabar com a jornada 12 x 36 e utilizam como aliada nesta luta a Federação Nacional de Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist).
Recentemente, a entidade patronal enviou documento à Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) defendendo a necessidade da aprovação da medida proposta. Anteriormente, os empresários fecharam um acordo e criaram uma comissão para debater e estudar a melhor forma de eliminar esta jornada dentro de um prazo de 60 dias.
O objetivo da comissão formada é sugerir novas condições para a jornada 12 x 36, diminuindo custos para as empresas e sobrecarregando ainda mais os trabalhadores, que não teriam direito, por exemplo, a prorrogação da jornada noturna, ao sistema de compensação de horas, ou seja, repouso absoluto após 12 horas de trabalho ininterruptas, entre outros agravantes, no PL do Estatuto da Segurança Privada.
O nosso sindicato busca a regulamentação urgente desta jornada e não a sua extinção. Em uma de nossas reuniões mensais, discutimos com os trabalhadores vários pontos da jornada que devem ser aperfeiçoados em prol do avanço da categoria. Não podemos deixar que empresários, com apoio da Federação patronal, retirem os direitos dos trabalhadores. Vamos nos mobilizar pela proteção e valorização da profissão do vigilante, que atua em defesa de pessoas e patrimônios.
Com isso, neste momento, é importante que todas as entidades filiadas à Confederação fortaleçam suas lutas em suas bases a fim de impedir o avanço dessa proposta absurda que denigre a atividade da segurança privada e desrespeita o trabalhador.
Amaro Pereira da Silva, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri