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terça-feira, 29 de setembro de 2009
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Os primeiros 9 meses de 2009 reservaram muitos momentos de preocupação, insegurança e angústia em Parobé, principalmente em relação ao emprego na área calçadista, principal setor empregador do município. Tivemos neste período uma queda significativa na oferta de emprego. Somente a Vulcabrás/azaléia simplesmente aniquilou centenas de postos de trabalho, 600 somente os últimos 60 dias, o que sem dúvida, ocasionou um impacto social gigantesco. Muitos homens e mulheres, pais e mães dedicaram boa parte de suas vidas a esta empresa, foram 15, 20 ou mais anos dedicados de sol a sol, dia após dia e como resultado disso foram demitidos. Não obstante, diante deste cenário, enquanto o Sindicato de Parobé realizava um ato público em frente a Vulcabrás/azaléia, a Administração Municipal, com raríssimas exceções, não realizou qualquer esforço e não se mostrou preocupada e disposta a lutar para a reversão deste quadro. Mais uma vez, coube ao Sindicato dos Sapateiros de Parobé a briga, a discussão e principalmente a busca por medidas que amenizassem a situação.
Muitas reuniões foram realizadas. Idas e vindas a Superintendência do Trabalho em Porto Alegre e até mesmo uma audiência com o Ministro do Trabalho em Brasília, na tentativa de conseguir duas parcelas adicionais do Seguro-Desemprego, foram algumas das ações do Sindicato de Parobé. Cabe aqui uma ressalva as cidades vizinhas a Parobé que, por sorte, puderam mais uma vez absorver a nossa qualificada mão de obra calçadista. Até mesmo um feriado resolveram tirar do trabalhador e numa ação rápida o Sindicato mudou o quadro. Refiro-me ao feriado de 25 de julho, que na ocasião, houve a troca do mesmo de sábado para domingo. Os trabalhadores não foram prejudicados, pois houve negociação com as empresas para que estas entendessem que não seria justa esta troca. Em relação às negociações salariais, mais uma vez o Sindicato conquistou cláusulas importantes como o piso da categoria, por exemplo. Parobé não ficou atrás de nenhum município na luta por melhores salários.
De toda forma, enfim neste último mês de setembro, tivemos boas notícias. Com a taxação dos calçados chineses, conforme dados do DIEESE, órgão o qual o Sindicato é filiado, a expectativa é de que sejam criadas cerca de 60 mil vagas no Rio Grande do Sul. Neste contexto já podemos notar uma melhora em nossa cidade. As empresas estão novamente contratando. Até mesmo a Vulcabrás Azaléia anunciou a contratação de 80 pessoas. Pena não serem estas vagas iguais ou superiores as 600 fechadas há poucos meses.
Embora a expectativa para os próximos meses seja boa, ficamos sempre com algumas perguntas no ar. Até quando nosso poder público municipal ficará assistindo de braços cruzados a situação do emprego em Parobé? O que será que planejam para a nossa cidade? Quais os projetos que visam a diversificação da economia do município? Nestas perguntas talvez esteja, até certo ponto, a explicação para que muitos de nossos trabalhadores aceitem trabalhar por baixo salários, pura e simplesmente para poderem sobreviver. Talvez, se houvessem mais oportunidades, em outros setores, estas pessoas teriam como se recolocar de uma maneira mais digna e humana.
Mesmo assim, o Sindicato dos Sapateiros de Parobé continuará a sua luta visando sempre o melhor para os trabalhadores da cidade e pensando em oferecer um momento de lazer, mais uma vez, o Sindicato está preparando uma grande festa para o dia 5 de dezembro. Trata-se do 18º Palco aberto. Além da Escolha da Mais bela calçadista, Baile com a banda Rota Luminosa, este ano haverá o sorteio de 6 prêmios e entre eles estará um carro 0 km que será um Renault Sandero. Com apenas R$ 7,00 todos concorrerão a todos os prêmios além de garantirem ingresso para o baile.
João Pires, presidente do Sindicato dos Sapateiros de Parobé, RS