Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Artigos
Entendendo o desafio do empoderamento das mulheres
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Artigos
Empoderar significa uma ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, baseada na consciência dos direitos sociais. O empoderamento possibilita a aquisição da emancipação individual e também da consciência coletiva necessária para a superação da dependência social e dominação política. O empoderamento devolve poder e dignidade aos cidadãos e, principalmente, a liberdade de decidir e controlar seu próprio destino com responsabilidade e respeito ao outro.
Uma das vertentes do empoderamento diz respeito às mulheres e significa promover a equidade de gênero em todas as atividades sociais e da economia como garantias para o efetivo fortalecimento das economias, a impulsão dos negócios, melhoria da qualidade de vida de mulheres, homens e crianças e desenvolvimento sustentável.
Apesar desta premissa ser conhecida pelo poder público e privado, as mulheres ainda permanecem em desvantagem em relação aos homens, no acesso à terra, crédito e emprego decente, pois as políticas públicas e econômicas não contemplam nem incorporam de modo eficaz os valores e práticas que visem à equidade de gênero e ao empoderamento de mulheres.
Isto acontece porque o empoderamento das mulheres é um desafio para a sociedade patriarcal brasileira, uma vez que ameaça o poder dominante do homem e a manutenção dos seus privilégios de gênero.
Para mudar este paradigma é necessário acabar com a dominação tradicional dos homens sobre as mulheres, garantindo-lhes a autonomia no que se refere ao controle dos seus corpos, da sua sexualidade, do seu direito de ir e vir.
E um bom lugar para começar esta mudança é nossa própria casa, depois com os vizinhos, depois no trabalho e qualquer outro lugar, através das atitudes e ações de homens e mulheres, que somadas irão desaguar em uma grande ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, baseada na consciência dos direitos sociais.
Helena Ribeiro da Silva, secretaria da Mulher da Força Sindical-SP