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Força Sindical-SP repudia veementemente o episódio ocorrido com o deputado Paulinho da Força
quinta-feira, 23 de junho de 2016
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A Força Sindical SP repudia veementemente o episódio ocorrido com o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e presidente da força sindical nacional, que foi hostilizado na noite de domingo (19/6) em um vôo de São Paulo para Brasília. Manifestantes contrários à sua posição política o chamaram de ‘fascista’, ‘golpista’ e ‘Paulinho da Farsa Sindical’.
É inaceitável esse tipo de comportamento em uma democracia. Quando o diálogo se
esvai, o que sobra é o ódio e a intolerância. Patrulhamento de ideias e perseguição acintosa a opositores é fascismo. Mais do que isso: os valores democráticos não contemplam a agressão física e verbal. Por isso, existem as leis, o limite constitucional. A construção democrática supõe diálogo e entendimento. Ao contrário, é barbárie.
Paulinho foi eleito com 227.186 votos e está no seu terceiro mandato. É incontestável sua liderança sindical que sempre primou pela defesa dos trabalhadores e sua atuação parlamentar. É inaceitável que grupos políticos inconformados com o impeachment possam chamá-lo de ‘golpista’. Afinal, o processo é legitimo. Os ditames da lei estão sendo respeitados na condução do processo.
Aos agressores, fica a pergunta: o ‘mensalão’, o ‘petrolão’, a ‘pátria educadora’
e as ‘pedaladas fiscais’ não foram golpes desferidos do PT à democracia?
É fundamental rechaçar a tentativa dos manifestantes de imputar à Força Sindical o
rótulo de ‘farsa sindical’. É um desrespeito com a instituição e com os sindicatos filiados.
Não foi a força sindical que teve um dirigente no parlamento que votou pela redução do aumente do salario mínimo.
A irracionalidade chegou a tal ponto que grupelhos instrumentalizados por quem odeia a democracia, defendem o Partido dos Trabalhadores (PT) e chamam de ‘farsa’ a organização dos trabalhadores. Será que alguma vez se importaram com as reivindicações trabalhistas? Tudo indica que não.
O governo afastado aumentou os juros, apeou direitos sociais e trabalhistas, e favoreceu a classe de rentistas. Segundo eles, os ‘golpistas’ são aqueles que atenderam ao clamor da sociedade pelo afastamento de um governo que está sendo investigado e responsabilizado pela eleição (e reeleição) com dinheiro ilícito.
Portanto, venho reforçar o papel da Força Estadual SP e nossa indignação diante dos fatos, e ressaltar que reunimos mais de 500 entidades filiadas, o que nos torna a maior central estadual do país. Ao todo, 4,5 milhões de trabalhadores na base desses sindicatos. Esses números não são uma farsa, é resultado de um trabalho árduo e persistente que busca consolidar o avanço democrático e a garantia dos direitos dos trabalhadores.
Danilo Pereira da Silva – Presidente da Força Sindical do Estado de São Paulo