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Garantir direitos dos trabalhadores
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
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Começamos 2015 embalados pelos primeiros desdobramentos do debate acerca da economia e das políticas públicas, que marcou a campanha pela eleição presidencial.
Através do voto democrático o Brasil optou pela continuidade da política praticada por um governo que é composto de uma soma de partidos, tendências e interesses de classe.
Neste sentido cabe a nós, sindicalistas e ativistas do movimento social, nos empenhar para garantir os direitos que beneficiam a população de renda mais baixa, conquistados ao longo dos últimos anos. Cabe a nós pressionar o poder público para que o desenvolvimento seja planejado e implementado priorizando o setor social.
Devido à situação delicada pela qual passa a economia brasileira e internacional, nosso desafio será grande. Logo na primeira semana do ano fomos surpreendidos pela demissão de cerca de mil metalúrgicos nas montadoras de São Bernardo do Campo. Essas demissões repercutem em toda a cadeia produtiva, gerando desemprego também nas autopeças e concessionárias, e trazem à tona questões elementares sobre a condução da nossa sociedade, como a proteção social e o crescimento econômico.
Cabe ao governo pensar em medidas para garantir esses empregos. Mexer em medidas de proteção social em um momento de possível aumento do desemprego colocará o governo em rota de colisão com os trabalhadores. Por outro lado, fortalecer a negociação coletiva, incentivando acordo entre trabalhadores e empresários, evitando que os envolvidos partam para medidas unilaterais, contribuirá para a construção de uma sociedade mais justa.
Devido à necessidade de unir forças para resguardar direitos já alcançados pela classe trabalhadora, as centrais sindicais marcaram uma reunião para o dia 13 de janeiro. A pauta é a formulação de uma agenda unitária, além de mobilizações e manifestações.
Nossa expectativa é que possamos pensar em soluções e debates tripartites (trabalhadores, empresários e governo) que contemplem todos os setores envolvidos.
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João Carlos Gonçalves, Juruna, Secretário Geral da Força Sindical