Não era “só uma gripezinha”. Já são mais de 250 mil mortos!
Há um ano, em 26 de fevereiro de 2020, o Brasil anunciava o primeiro caso do novo coronavírus confirmado no Brasil. Menos de um mês depois, tivemos a primeira morte oficialmente registrada. Hoje, o país já soma mais de 250 mil óbitos por Covid-19.
Desde que o primeiro caso foi constatado no Brasil, os Químicos da Força atuam junto aos setores representados acompanhando e cobrando a implantação de medidas e protocolos para preservar a saúde e a vida dos trabalhadores.
Traçando um breve panorama da pandemia no país, observamos erros sequenciais na gestão do Governo Federal que minimizou a gravidade do coronavírus e colocou em risco a vida da população brasileira. A ausência de diretrizes estratégicas definidas para o enfrentamento da crise sanitária potencializou a crise política e econômica que já persistia no país.
Para enfrentar esse cenário, logo no início da pandemia, os Químicos da Força conquistaram uma importante Convenção Coletiva garantindo emprego, renda e segurança jurídica aos mais de 150 mil trabalhadores do setor químico, plástico e fertilizantes, diante da possibilidade de redução de jornada e salários com base na MP 936.
No setor farmacêutico, um acordo sobre home office regulamentou condições de trabalho aos empregados no regime de trabalho remoto e preservou seus direitos em Convenção Coletiva da categoria. Também avançamos na manutenção por mais dois anos de importantes direitos já conquistados pela categoria, como jornada semanal de trabalho de 40 horas, licença maternidade de 180 dias, medicamentos gratuitos e/ou subsidiados, além de reajustes no Piso, salários e cartão-alimentação.
No setor de produção de etanol, a luta pela saúde dos trabalhadores não foi diferente. A atuação do movimento sindical foi fundamental para que os protocolos de segurança e prevenção contra a Covid-19 fossem realizados na atividade produtiva do setor. Em ação conjunta com o setor patronal, encaminhamos aos Governos Federal e do estado de São Paulo medidas visando a garantia de empregos e a sustentabilidade das empresas do setor.
Podemos considerar o Auxílio Emergencial um dos poucos acertos do Governo Federal na gestão nacional da crise sanitária, ainda assim sua implementação somente se realizou mediante pressão das organizações sindicais e trabalhistas. Tornando-se um dos maiores programas de transferência de renda da história do país, a medida também demonstrou o patamar de informalidade vivido pelo Brasil e a necessidade amparo urgente e contínuo desta enorme parcela da população em situação de extrema vulnerabilidade.
Outra importante vitória da ação sindical foi a MP 936 (transformada em Lei), que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda. Apesar de o Governo buscar enfraquecer o poder de negociação das entidades sindicais, permitindo (leia-se impondo) acordos individuais para redução de jornada e salários com participação de recursos do estatais, conseguimos assegurar e avançar, através de negociações coletivas, na proteção de emprego e renda dos trabalhadores, fundamental para a retomada da economia.
Com o agravamento da pandemia e a possibilidade de que a nova cepa do vírus, descoberta em Manaus, se espalhe pelo Brasil, as perspectivas neste início de ano não são animadoras. Diante dos reflexos da crise econômica, sanitária e social, é imprescindível que a solidariedade esteja presente em todas as nossas ações.
Vamos manter a mobilização em defesa da vida, pela saúde do trabalhador, pelo emprego, por direitos e pela democracia. Fazer a nossa parte e incluir e m nossas frentes de luta a prioridade de um plano nacional de combate à Covid-19 e um programa de vacinação efetivo para toda a população.
Vacina, sim!
Vacina, já!
Sergio Luiz Leite, Serginho
Presidente da FEQUIMFAR e
1º secretário da Força Sindical