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Habemus Papam
quarta-feira, 20 de março de 2013
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A um comentarista engajado e comprometido como sou, cabe saudar o novo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias e desejar-lhe sucesso pleno em suas novas tarefas.
Há muito a ser feito. A começar pela valorização do ministério, voltando a exercer o protagonismo nos grandes assuntos relacionados ao desenvolvimento, ao emprego, aos ganhos salariais e à qualificação dos trabalhadores e estando atento às questões correntes sindicais e às necessidades diárias do povo trabalhador.
Gostei da ênfase dada pela presidente e pelo novo ministro à ação das superintendências regionais e sub-regionais que necessitam de reaparelhamento (não político-partidário, é óbvio), de concursos públicos e de se colocarem, em cada cidade e região, a serviço das demandas dos trabalhadores em sinergia com a ação dos sindicatos.
Mas do que gostei mesmo foi a ênfase presidencial nos benefícios da coalizão para o governo, ou seja, da ação comum de forças diferenciadas mas com o mesmo objetivo. O impulso por desenvolvimento com distribuição de renda e a luta contra o rentismo e a agiotagem casam com o ideário trabalhista que o PDT, partido do novo ministro, encarna.
E, sobretudo, a ideia de coalizão para governar casa com a prática da unidade de ação das centrais sindicais que, apesar de sua diversidade ideológica, organizacional e político-partidária, desenvolvem ações baseadas em plataforma mínima unitária de grande potencial, como demonstraram recentemente na 7ª marcha à Brasília.
Se elas não tiveram agora papel ativo na escolha do novo ministro (diferentemente de vezes anteriores), desmentindo a tese da “cooptação”, sua unidade é a garantia de apoio nas ações ministeriais coerentes com seu empenho unitário e com as necessidades do movimento sindical e dos trabalhadores.
João Guilherme, consultor sindical