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Hoje é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha
sexta-feira, 25 de julho de 2014
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Hoje (25 de julho) é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. A escolha desta data surgiu no 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, realizado na República Dominicana em 1992. Mais de 70 mulheres negras de diversos países participaram do encontro com o objetivo de dar visibilidade a sua presença neste continente.
As participantes do encontro debateram diversos temas como: violência, mercado de trabalho, saúde e inserção dessas mulheres na sociedade como “sujeito” de direitos, desmistificando-as de serem vistas como objeto.
No Brasil, as mulheres negras ainda sofrem muito na área de trabalho. Dados de estudos do Dieese mostram que a taxa de participação das mulheres negras no mercado de trabalho é sempre maior do que das mulheres não negras, em todas as regiões pesquisadas. Vai de 46% (Recife) a 58% (São Paulo).
O desemprego é sempre mais elevado entre a população negra, mas costuma atingir ainda mais as mulheres negras do que os homens negros, em todas as regiões pesquisadas. A maior diferença ocorre em Salvador, onde a taxa de desemprego das mulheres negras atinge 21,7% e, homens negros ,14,9%. A menor diferença foi registrada em Belo Horizonte: mulheres negras 6,4%, e homens negros, 4,4%. Em São Paulo a taxa mulheres negras 14,1% e de homens negros 10,9%.
As mulheres negras concentram-se nos setores de Serviços (70,6%) e Serviços Domésticos (19,2%) (dados do agregado das regiões pesquisadas).
Geralmente trabalham em ocupações precárias e com menor exigência de qualificação profissional, e consequentemente menores rendimentos.
Rendimento
Quando os rendimentos médios das mulheres negras são comparados aos dos homens não negros, que recebem os maiores níveis de rendimento, percebe-se a dupla discriminação (cor e gênero).
Em todas as regiões pesquisadas, o rendimento médio das mulheres negras ocupadas correspondeu de 50 a 58% do valor recebido pelos homens não negros.
Temos de lutar para acabar com estas diferenças.
Maria Auxiliadora dos Santos,Secretaria da Mulher da Força Sindical