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Intensificar a luta contra o desmonte dos direitos e a privatização da Previdência
segunda-feira, 27 de março de 2017
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As manifestações populares contra as reformas previdenciária e trabalhista, realizadas no dia 15 de março, levaram mais de um milhão de pessoas para as ruas em todo o país. Foi um dia histórico por mostrar a unidade e a capacidade de luta dos trabalhadores, dispostos a ampliar o movimento de luta para manter seus direitos.
Nós, frentistas – categoria formada por 500 mil trabalhadores no País -, estamos nesta luta e achamos fundamental a unidade das Centrais Sindicais e do movimento sindical em geral para pressionarmos o Congresso Nacional e o presidente da República a não mexer nos nossos direitos.
Os frentistas nunca tiveram ilusão acerca da luta no parlamento. É que deputados e senadores, na sua grande maioria, são representantes das elites brasileiras, e para elas trabalham. Defendem com unhas e dentes os interesses sociais, políticos e econômicos destas elites. Já os parlamentares comprometidos com os interesses do povo e dos trabalhadores não passam de 50 pessoas.
Apesar disso, nunca na história do País tivemos um Congresso e um presidente tão afastados dos pleitos do povo brasileiro e dispostos a acabar com toda a proteção social conquistada ao longo de décadas de lutas.
Na verdade, busca-se acabar com a “sociedade do emprego”, como definiu o colunista da Folha de S. Paulo, Valdimir Safatle: pretende-se fazer vingar o conceito de que o negociado vale mais do que o legislado, para pôr um fim na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): e privatizar a Previdência.
A aprovação do projeto da terceirização geral e irrestrita e a votação iminente das reformas da Previdência e Trabalhista são desafios urgentes que requerem mobilização e luta dos assalariados, dos sindicatos e das centrais.
Precisamos de agora em diante intensificar as manifestações nacionais. Entre outras manifestações de protesto, temos que pôr o povo nas ruas, atrasar a entrada dos turnos de trabalho nas empresas e fazer greve onde for possível.
No dia nacional de lutas, com greves e paralisações, organizado pelas Centrais Sindicais e sindicatos, enviamos as seguintes reivindicações ao governo, que se mantêm válidas:
• Não à privatização da Previdência;
• Não aos 49 anos de contribuição;
• Não à idade mínima de 65 anos para homens e mulheres;
• Não ao fim das aposentadorias dos trabalhadores e trabalhadoras rurais;
• Não ao fim dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras: e
• Não à terceirização total nas empresas.
Rivaldo Morais da Silva – presidente do Sindicato dos Frentistas de São Paulo (Sinpospetro-SP) – e tesoureiro da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro)